Greta Thunberg está neste momento num barco, no meio do Atlântico, a caminho da Europa - prevendo-se que chegue a Lisboa no início de dezembro -, mas as redes sociais colocam-na noutro espaço e noutro tempo.

1898 é a data. Klondike, Canadá, é o local.

Uma fotografia com uma sósia da jovem sueca aparece numa coleção digital da Universidade de Washington, em Seattle. A imagem está integrada no arquivo que documenta a corrida ao ouro em Klondike e no Alasca, no final do século XIX, e está a ser partilhada nas redes sociais.

“Crianças a trabalhar nas minas de ouro, em Dominion, Klondike, Y. T. [Yukon Territory]”. Esta é a descrição que aparece no canto inferior direito da fotografia de Eric Hegg, disponível no site da universidade.

As semelhanças entre a criança retratada e Greta Thunberg, a jovem sueca ativista ambiental, são muitas e o Twitter não deixou escapar a coincidência.

“A ‘Greta Thunberg’ aparece numa foto de há 120 anos e é a minha nova conspiração favorita. A Greta é uma viajante no tempo, do futuro, e está aqui para nos salvar”, escreveu um utilizador naquela rede social.

As hipóteses colocadas são várias e muito criativas. Há quem diga que Greta vem do futuro em “momentos-chave da história para travar as mudanças climáticas”. São até avançadas hipóteses sobre a sua forma de transporte: “É seguro dizer que a Greta Thunberg deve ter usado uma máquina do tempo movida a energia solar para viajar”.

“O que é que ela estava a fazer há 120 anos?”, pergunta um outro utilizador. A resposta surge logo de seguida: “Talvez estivesse a tentar matar a pessoa que inventaria o plástico”.

Há ainda quem sugira que seja feito um filme sobre esta história: “Por favor, Sr. Spielberg, compre os direitos para fazer o filme sobre a viagem no tempo da Greta Thunberg por que tanto esperamos”.

A oportunidade está a ser também utilizada para apoiar a jovem ativista pelo trabalho que tem vindo desenvolver: “Desejo-lhe tudo de bom e muito sucesso na missão de salvar o planeta Terra”.

Greta Thunberg iniciou sozinha uma greve à escola em setembro de 2018 em frente ao parlamento sueco para apelar à tomada de medidas contra as alterações climáticas, a qual inspirou um movimento global que a levou a ser recebida pelos líderes mundiais e a falar em conferências.

No final do século XIX, entre 1896 e 1899, a corrida ao ouro levou milhares de mineiros, a rumarem até à região de Klondike, no noroeste do Canadá, na fronteira com o Alasca. Muitos norte-americanos foram atrás do metal precioso a partir de Seattle, no estado de Washington, noroeste dos EUA, junto ao Canadá.