Thunberg, promotora do movimento “FridaysForFuture”, foi distinguida por dar “nova vida” ao debate sobre o meio ambiente e o clima e inspirar milhões de pessoas a exigir ações concretas dos governos.
“Estou numa viagem à Califórnia, então não posso estar presente. Agradeço ao Conselho Nórdico por esta distinção, é uma grande honra, mas o movimento climático não precisa de mais prémios, mas que os líderes e os políticos oiçam a ciência”, afirmou através de uma mensagem lida na gala anual deste órgão em Estocolmo.
A adolescente sueca de 16 anos foi representada por Isabelle e Sophia Axelsson, da secção sueca de “FridaysForFuture”, encarregue de rejeitar o prémio em seu nome, de 350 mil coroas dinamarquesas (quase 47 mil euros).
“Pertencemos aos países que mais podem fazer, mas dificilmente fazem qualquer coisa. Então, até que comecem a agir de acordo com o que a ciência exige, eu e a FridaysforFuture Sweden optamos por não aceitar o prémio ambiental do Conselho Nórdico”, disse.
O Conselho Nórdico é composto pela Islândia, Dinamarca, Suécia, Noruega e Finlândia, além dos territórios autónomos dinamarqueses da Groenlândia e das Ilhas Faroe, e Åland (Finlândia).
Em setembro de 2018, Greta Thunberg iniciou uma greve escolar em frente ao parlamento sueco para exigir medidas contra as alterações climáticas, que inspiraram um movimento global e levaram-na a ser recebida pelos líderes mundiais e a participar de conferências de alto nível.
A adolescente sueca começou um período sabático no verão para viajar para os Estados Unidos e poder participar na cimeira climática realizada no mês passado na sede da ONU em Nova York, bem como na Conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, que decorre no Chile em dezembro.
A sua recusa em viajar de avião para evitar emissões poluentes, levou a jovem a atravessar o Atlântico num veleiro e a usar autocarros e comboios para viajar nos Estados Unidos.
Recentemente, Greta Thunberg foi homenageada com o chamado Nobel Alternativo pela fundação Swedish Right Livelihood Award e foi nomeada para o Prémio Nobel da Paz deste ano, que foi entregue ao primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, pela sua iniciativa de resolver o conflito na fronteira entre o seu país e Eritreia.
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