“Na sequência da greve às assistências, do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil, temos a informar que houve uma falta de chefes de cabine e de assistentes de bordo ao abrigo da declarada greve. A consequência disto é que foram cancelados os voos Lisboa-Terceira e Terceira-Lisboa desta noite, dia 30 de agosto”, afirmou o administrador com o pelouro dos recursos humanos, João Trabuco Nunes.
Segundo o administrador, na sequência desta paralisação, foram afetados, “até ao momento 254 passageiros” que a empresa está a tentar “reacomodar noutros voos”.
João Trabuco Nunes adiantou que “o sindicato montou um piquete de greve em área de segurança, de acesso reservado, onde em princípio só devem circular pessoas que estão ao serviço”, no aeroporto de Lisboa, “tendo sido solicitado, por esse motivo, o afastamento destes elementos do referido espaço, onde estiveram, entretanto, a limitar e a impedir os tripulantes" que não aderiram "a poderem ir para o seu trabalho”.
“O piquete de greve acabou por sair do espaço apenas quando foi confrontado com a possibilidade da presença da polícia, que informámos que iria ser chamada”, acrescentou.
De acordo com João Trabuco Nunes, o “cancelamento está a provocar constrangimentos na restante operação da SATA durante o dia de amanhã [quinta-feira] inclusive, porque está a colocar em risco outros voos, com consequências muito graves e ainda não totalmente avaliadas”.
“Consideramos que a greve, nos termos em que se encontra executada, é abusiva, já que resulta de uma escolha ‘self-service’ do sindicato, não permitindo, assim, criar condições que minimizem os danos aos clientes da SATA”, destacou o administrador, salientando que a atuação do SNPVAC é “em total desrespeito pelos princípios de boa-fé e com total indiferença nos danos causados aos passageiros”.
Na semana passada as ligações Lisboa-Horta-Lisboa da SATA foram cancelados na sequência da greve às assistências.
O sindicato mantém, por tempo indeterminado, a greve às assistências na Azores Airlines, da SATA, que assegura as ligações para fora do arquipélago.
Os tripulantes que estão de assistência são chamados para substituir os que por razões de doença ou outra não podem assegurar a escala para que estavam designados.
A Lusa tentou contactar o porta-voz do sindicato, sem sucesso.
Comentários