O julgamento, que deveria ter começado hoje de manhã, foi adiado devido à greve dos guardas prisionais, afirmou fonte do Tribunal de Coimbra, referindo que ainda não foi definida nova data.
A greve a diligências, como o transporte de reclusos em situações não urgentes, começou no dia 01 e prolonga-se até dia 18.
Dos sete arguidos do processo, três estão em prisão preventiva.
O grupo era liderado por um homem de 54 anos, de alcunha “Poeta”, natural de Barcelos, que conheceu outros dois arguidos — o núcleo principal — na prisão de Paços de Ferreira, onde dividiam a mesma cela, refere a acusação a que a agência Lusa teve acesso.
Segundo o Ministério Público (MP), “Poeta” decidiu criar o grupo, pelo menos a partir de abril de 2021, com a intenção de assaltar cofres em lares de idosos e estabelecimentos similares, com especial incidência nas regiões Norte e Centro.
Com apoios logísticos em Pombal (para os assaltos no Centro) e em Vila Nova de Famalicão (para os crimes no Norte), o grupo sinalizava os lares através de pesquisas na internet ou na passagem pelos locais, explica o Ministério Público.
Na maioria dos assaltos, o grupo procurava cofres nas secretarias dos lares de idosos, onde encontravam pertences em ouro de utentes, assim como dinheiro em numerário.
Manteigas, Oliveira do Hospital, Miranda do Corvo, Tondela, Condeixa-a-Nova, Viana do Castelo, Oleiros ou Vila Nova de Paiva foram alguns dos concelhos onde os assaltos ocorreram.
O último furto realizou-se em 08 de novembro de 2021, quando foram surpreendidos por elementos da GNR, quando distribuíam entre si, numa residência em Pombal, os proveitos de um assalto no concelho de Soure.
“Poeta” é acusado de um crime de associação criminosa, 21 crimes de furto qualificado na forma consumada, seis na forma tentada, um crime de tráfico de estupefacientes e um crime de detenção de arma proibida.
Outros dois arguidos são também acusados de mais de uma dezena de crimes.
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