“Neste momento estamos com 100% de adesão à greve, tal como tínhamos previsto”, disse Bruno Fialho, do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), em declarações à agência Lusa, indicando que foram determinados dois voos de serviços mínimos na SATA Air Açores, que assegura as ligações aéreas entre as nove ilhas dos Açores e dois na Azores Airlines, para o exterior do arquipélago.

O Sindicato acusou, no entanto, a companhia aérea açoriana de estar “a introduzir dentro do voo de serviços mínimos mais dois voos”.

“Os sérvios mínimos serão assegurados, porque o sindicato irá permitir e os tripulantes também assim o desejam que sejam feitos, pois a SATA não cumpriu com a decisão do tribunal e o sindicato neste momento poderia parar um dos aviões na Horta (Faial). Não o irá fazer, mas achamos uma total irresponsabilidade a SATA colocar este braço de ferro que iria prejudicar mais uma vez os Açores”, apontou.

O porta-voz da companhia, António Portugal, rejeitou estas acusações do SNPVAC, garantindo que a empresa “não incluiu mais nenhum voo além daqueles que foram definidos como serviços mínimos.

“Estão a ser feitos os serviços mínimos e o regresso dos aparelhos à base”, sustentou à agência Lusa António Portugal.

Os tripulantes de cabine da SATA Internacional/Azores Airlines iniciaram hoje uma greve que se prolonga até terça-feira.

O incumprimento de vários pontos do clausulado do acordo de empresa, assim como de alguns protocolos assinados, são os motivos apontados para a greve pelo sindicato, depois deste se ter reunido, na quinta-feira, com a administração, mas sem chegar a um acordo.

Na sequência do pré-aviso de greve o Grupo SATA emitiu um comunicado onde aconselha todos os passageiros que têm voos nestas datas que “alterem a sua viagem sem custos adicionais ou solicitem o reembolso do seu bilhete”.

O porta-voz do SNPVAC disse ainda à Lusa que se “mantém a greve para terça-feira” e “caso a administração continue na posição que tem mantém-se para junho e para os restantes meses do ano”.