Segundo a dirigente da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), Ana Avoila, “o mais provável” é a saída do navio Noruega não se realizar devido à greve dos investigadores, técnicos superiores e assistentes operacionais do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) que integram a equipa, num total entre 14 a 17 pessoas.
Os trabalhadores exigem a reposição do suplemento de embarque que lhes foi retirado em 2012, quando o antigo Instituto Nacional dos Recursos Biológicos foi fundido com o IPMA.
Ana Avoila explicou que o suplemento de embarque corresponde “a 20 ou 25% do salário”, defendendo que os trabalhadores que vão para o mar fazer a investigação e que “estão longe da família durante 30 dias estão agora a perder dinheiro”, já que são pagos em horas extraordinárias, com um limite de 150 horas por ano.
A greve decorre desde dia 09 até dia 24, mas, segundo a dirigente sindical, caso o Ministério das Finanças não dê resposta aos trabalhadores, a paralisação “irá certamente prolongar-se”.
Em comunicado, a estrutura sindical refere que já no dia 09 “a saída do navio foi abortada” devido à greve.
De acordo com a direção do IPMA, para quinta-feira está previsto o início da campanha Pelago2018, “realizada anualmente na primavera com o objetivo de ter estimativas da abundância, distribuição geográfica e biologia da sardinha e de outras espécies pelágicas como o biqueirão, a cavala, o carapau, entre outros, através do método da eco-integração”.
“Os resultados [da campanha] integram o modelo de avaliação de ‘stocks’ da sardinha ibérica e do biqueirão, tal como a campanha espanhola Pelacus, e servem como base ao aconselhamento científico e à gestão destes recursos pesqueiros”, concluiu o IPMA em declarações à Lusa.
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