Em carta enviada aos trabalhadores na quarta-feira, o presidente da comissão executiva assume que a pandemia afetou "de forma diferenciada" os vários negócios do grupo, pelo que as medidas tomadas variam de setor para setor.
Joaquim Paulo Conceição refere que, face ao contexto difícil, são necessárias ações para resistir "às restrições económicas e financeiras" e "assegurar a sustentabilidade do grupo", que já sente "crise de liquidez".
A medida abrange praticamente todos os funcionários que trabalham no comércio de viaturas, ficando alguns da área do pós-venda em regime parcial.
Nas unidades turísticas do Grupo NOV, que estão "praticamente desertas", os colaboradores entram em ‘lay-off', exceto os que asseguram a manutenção e segurança.
Os trabalhadores da construção civil também param a partir de hoje, mantendo-se no ativo os que estão "envolvidos nas obras em curso".
O Grupo NOV opera também na indústria, comunicação e ambiente, áreas em que a comissão executiva considera não haver, no momento, necessidade de suspender a atividade.
O responsável pela comissão executiva admite ainda que a atividade internacional está "fortemente restringida" devido a medidas de contenção em cada um dos países onde o grupo está presente, ficando os trabalhadores aí deslocados enquadrados no regime legal específico a cada estado.
A medida agora tomada pode ser renovada "até três meses", informa Joaquim Paulo Conceição, mas também pode ser suspensa antecipadamente caso "existem circunstâncias que retomem ou incrementem a atividade".
A pandemia de covid-19 provocou já mais de 46 mil mortos em todo o mundo, incluindo 187 em Portugal.
Devido à pandemia, Portugal está em estado de emergência desde 19 de março.
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