Num vídeo publicado nas redes sociais de Prigozhin, o tenente-coronel Roman Venevitin, comandante da 72.ª Brigada russa, diz a um interrogador que, enquanto estava bêbado, ordenou às suas tropas que disparassem contra o grupo Wagner.

Nas imagens, que se assemelham a vídeos de soldados enquanto prisioneiros de guerra, Venevitin conta que atuou devido à sua "antipatia pessoal" pelo grupo Wagner e pede desculpa, conta o The Guardian.

Na semana passada, Prigozhin acusou o exército russo de tentar fazer explodir os seus homens quando estes se retiravam da cidade de Bakhmut, no leste da Ucrânia.

O empresário, mais conhecido como "o cozinheiro de Putin" devido aos contratos de catering que celebrou com o Kremlin, também afirmou que os seus homens tinham descoberto explosivos que, segundo ele, foram colocados de propósito por funcionários do Ministério da Defesa.

O Ministério da Defesa russo ainda não reagiu às imagens nem às acusações.

Prigozhin, que há meses tem vindo a discutir com oficiais militares de topo, anunciou na semana passada que as suas tropas tinham recuado em grande parte de Bakhmut. Pensa-se que a cidade está agora sob o controlo das forças regulares russas.

Alguns comentadores nacionalistas pró-guerra afirmaram que a detenção de um soldado russo de alta patente pelo grupo Wagner atesta a crescente influência de Prigozhin no Kremlin.

"Yevgeny Prigozhin, cujos subordinados publicaram um vídeo em que troçam de um oficial superior e de todo um comandante de brigada... pode fazer o que quiser. Ele é considerado como a casta mais elevada!", escreveu Igor Strelkov, um oficial de operações especiais russo reformado, no seu canal de Telegram.

De recordar que a influência de Prigozhin cresceu à medida que as suas tropas capturaram gradualmente Bakhmut nos últimos meses, dando a Moscovo a primeira vitória militar tangível desde o verão passado.

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