Fonte oficial da Guarda Nacional Republicana adiantou à agência Lusa que a operação, denominada “Fonte 2765”, começou às 04:00 hoje e ainda não terminou, tendo as 20 detenções decorrido no cumprimento de mandados de detenção.

O comandante da operação, capitão Ricardo Silva, disse à Lusa que a maioria das detenções foram feitas em Alcabideche, Cascais, onde a operação começou.

Apesar da operação ainda não ter terminado, o número de detidos, que na sua maioria tem cadastro relacionado com tráfico de droga, já não vai aumentar, referiu o comandante da operação, avançando que ainda estão a ser feitas buscas.

No âmbito da operação, foram cumpridos 20 mandados de detenção e efetuadas 94 buscas, das quais 50 domiciliárias, sete não domiciliárias, sendo quatro realizadas em celas no estabelecimento prisional de Caxias, e 37 a veículos, que foram apreendidos.

A operação incluiu buscas no Estabelecimento Prisional de Caxias e no Hospital Prisional de São João de Deus, onde o guarda prisional detido trabalhava atualmente.

Num comunicado, a Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais indica que o guarda prisional foi detido por tráfico de droga e telemóveis dentro de vários estabelecimentos.

Além dos 37 veículos, foram apreendidos, até ao momento, 16.000 doses de haxixe, 1.000 doses de cocaína, nove telemóveis no Estabelecimento Prisional de Caxias e diverso material de corte e embalamento de droga.

A investigação, a cargo do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Sintra e do Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Sintra, decorria há cerca de dois anos e visava um grupo que atuava em rede e de forma organizada, sendo os principais abastecedores de droga das regiões de Sintra, Cascais, Oeiras, Seixal, Abrantes e Entroncamento, explica a corporação em comunicado.

Na operação, que está a decorrer em Caxias, Sintra, Cascais, Oeiras, Seixal, Abrantes e Entroncamento, participam 410 militares da GNR e 117 elementos da PSP, num total de 527 operacionais das duas forças de segurança.

A operação está a ser acompanhada por um juiz e quatro procuradores do DIAP de Sintra.

O comandante da operação disse ainda à Lusa que os detidos devem ser ouvidos, na terça-feira, por um juiz de instrução criminal do Tribunal de Sintra.

[Notícia atualizada às 15h57]