"As tarifas seguem em frente, pontualmente, e segundo o programado", afirmou Trump em conferência de imprensa conjunta na Casa Branca com o presidente francês Emmanuel Macron.

Canadá e México negociam um acordo para evitar as tarifas aduaneiras com o seu parceiro no tratado de livre-comércio T-MEC antes de terça-feira da semana que vem, quando expira o prazo de um mês dado por Trump para encontrar uma solução.

Esta segunda, a presidente do México, Claudia Sheinbaum, disse que espera obter um acordo até sexta-feira.

"Esta sexta precisamos de chegar a acordos importantes. Vou – se for necessário – fazer outra chamada telefónica com o presidente Trump, o que for preciso para se chegar a um acordo", disse durante coletiva de imprensa.

Tanto o México quanto o Canadá tomaram medidas para satisfazer o seu vizinho.

O México, por exemplo, enviou 10 mil militares para a fronteira comum para combater o tráfico de drogas para os Estados Unidos, destino de mais de 80% das exportações mexicanas.

"Devemos ser capazes de enfrentar a imprevisibilidade do presidente Trump", declarou a ministra das Relações Exteriores do Canadá, Mélanie Joly.

"Temos que ser conscientes de que a ameaça das tarifas é real e pode durar algum tempo", acrescentou.

Afirma ter recebido "comentários positivos de muitos funcionários americanos" sobre as iniciativas canadianas para proteger melhor a fronteira.

Se a ameaça de tarifas se concretizar, pode afetar as cadeias de suprimentos em setores-chave como o automotivo.

Além disso, Washington ameaçou recentemente, tanto aliados quanto adversários, com "tarifas recíprocas", o que resultou numa série de negociações.

"A única coisa que queremos é reciprocidade. Queremos ter o mesmo. Assim que, se alguém nos taxar, vamos taxá-lo [...] será muito bom para o nosso país", afirmou o magnata republicano na coletiva de imprensa.

"Isso é um abuso que ocorreu durante muitos anos, e nem sequer culpo os outros países que fizeram isso, culpo os nossos líderes por permitirem que isso acontecesse", acrescentou.

Macron, por sua vez, defendeu o que chamou de "concorrência justa".

"O nosso desejo é que haja uma concorrência justa", "equitativa" entre "as nossas indústrias", "intercâmbios mais fluidos e ainda mais investimentos", declarou o presidente francês.

Em entrevista à Fox News, Macron considerou que os Estados Unidos não podem travar guerras comerciais com a China e Europa "ao mesmo tempo".