“Temos resultados significativos no leste do país (…) Todos já ouviram falar do que está a acontecer em Lyman, na região de Donetsk. São etapas que significam muito para nós”, salientou o chefe de Estado ucraniano no seu habitual vídeo diário dirigido à nação.

Zelensky elogiou todos os combatentes pela Ucrânia, defendendo que “todo o território” deve ser libertado.

O governante reconheceu que o “caminho é difícil”, embora claro: “É o caminho da independência, integridade territorial, integração no mundo civilizado e desenvolvimento social”.

“Esta será a melhor prova de que o direito internacional e os valores humanos não podem ser violados por nenhum Estado terrorista, mesmo um tão descarado como a Rússia”, frisou, num discurso divulgado no mesmo dia em que o Presidente russo, Vladimir Putin, formalizou a anexação de quatro regiões ucranianas.

Putin assinou hoje, em Moscovo, os tratados de anexação das regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, apesar da condenação internacional e da Ucrânia.

As quatro regiões representam cerca de 15% do território da Ucrânia, ou cerca de 100.000 quilómetros quadrados, um pouco mais do que a dimensão de países como a Hungria e Portugal ou um pouco menos do que a Bulgária, segundo a agência espanhola Efe.

A assinatura da anexação das quatro regiões do leste e sul Ucrânia, que a Rússia controla apenas parcialmente, seguiu-se a um discurso de Putin, que defendeu a “decisão inequívoca” dos cidadãos daqueles territórios, manifestada em referendo não reconhecidos por Kiev nem pela comunidade internacional.

Sobre ao ataque mortal ocorrido hoje contra civis em Zaporijia, Zelensky denunciou “um assassinato deliberado e absolutamente calculado” pelo Exército russo.

Um ataque russo a um comboio humanitário na cidade de Zaporijia resultou em pelo menos 30 mortos e 28 feridos, referiu o chefe de Estado ucraniano, no mais recente balanço.

Já as autoridades de ocupação pró-Rússia em Zaporijia acusaram as forças ucranianas de terem disparado contra estes veículos para impedir que civis que esperavam chegassem à área sob controle russo.