Obiang Mangue classificou de “histórica” a cerimónia de “assinatura do acordo de assistência para a transferência dos ativos do Bloco B (…) entre a sociedade GEPetrol, [a empresa] Horizon e o Ministério das Minas e Hidrocarbonetos”, segundo uma gravação do seu discurso difundida na rede social X (antigo Twitter) na sexta-feira e que foi hoje divulgada pelos meios de comunicação locais.
Assim, poucos anos antes do termo da licença da Exxon Mobil, em 2026, começa agora “um período chamado de transição, em que os ativos sob a responsabilidade e exploração desta multinacional passarão para o Estado equato-guineense”, explicou o vice-presidente.
Para Obiang Mangue, trata-se de “um passo gigantesco para a assunção e o controlo das operações petrolíferas nas mãos de quadros nacionais”.
Com a descoberta de petróleo ao largo da costa do país por empresas norte-americanas em 1996, a Guiné Equatorial tornou-se um dos países com maior rendimento ‘per capita’ em África (mais de 8.460 dólares em 2021, segundo o Banco Mundial), uma bonança interrompida nos últimos anos pela queda do preço do crude.
No entanto, esta descoberta não se traduziu num maior bem-estar para a população da Guiné Equatorial, que, embora não apresente dados atualizados sobre a pobreza, ocupava no ano passado o 145.º lugar entre 191 Estados no Índice de Desenvolvimento Humano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, refere a agência de notícias espanhola Efe.
Desde a sua independência de Espanha em 1968, a Guiné Equatorial tem sido considerada pelas organizações de defesa dos direitos humanos como um dos países mais corruptos e repressivos do mundo. Tornou-se membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em 2014.
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