Pelo menos dez pessoas morreram e outras 50 ficaram feridas num atentado suicida numa mesquita de Cabul onde se encontravam centenas de fiéis reunidos para a oração, admitindo-se um número maior de vítimas, indicou na sexta-feira um porta-voz talibã.

“O secretário-geral condena firmemente o ataque mortal de ontem contra a mesquita Khalifa Sahib, no oeste de Cabul, durante as orações de sexta-feira”, declarou um dos porta-vozes do secretário-geral da ONU, em comunicado.

“Ataques contra civis e propriedades civis, incluindo mesquitas, são estritamente proibidas pelo direito internacional humanitário”, afirmou, já que uma série de atentados à bomba mortais, alguns reivindicados pelo grupo Estado Islâmico (EI), causaram dezenas de mortes no país nas últimas duas semanas, num contexto de aumento de ataques.

António Guterres exprimiu as suas condolências às vítimas.

Num comunicado separado, membros do Conselho de Segurança da ONU condenaram “nos termos mais fortes os contínuos ataques terroristas hediondos contra civis no Afeganistão”, onde os talibãs recuperam o poder em agosto.

O alvo do ataque de sexta-feira parece ter sido membros da comunidade minoritária sufi que realizava rituais após as orações de sexta-feira, de acordo com um funcionário. Grupos jihadistas como o EI consideram os sufis hereges.

O atentado registou-se na mesquita sufi na zona oeste da capital do Afeganistão, pelas 16:20 locais (12:50 em Lisboa), quando um atacante suicida detonou uma carga explosiva no interior do recinto, afirmou o chefe da polícia local, Hafiz Omar.

O incidente insere-se numa sangrenta vaga de ataques que decorreram nas últimas semanas no Afeganistão, com um balanço de dezenas de mortos e feridos. Os ataques têm visado mesquitas, meios de transporte e centros educativos.

Na quinta-feira, dois atentados simultâneos foram registados no país, com explosões em autocarros que se dirigiam para as zonas rurais de Mazar-i-Sharif, capital da província de Balkh (norte), que deixaram pelo menos dez mortos e 13 feridos.

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