“É absolutamente essencial ter uma investigação e uma punição credível aos culpados”, disse António Guterres numa conferência de imprensa à margem do fórum Doha, na Turquia.
Jamal Khashoggi, jornalista crítico do Governo da Arábia Saudita, terá sido morto em 02 de outubro passado por agentes sauditas no consulado do seu país em Istambul.
Inicialmente, o Governo da Turquia tinha dito que não queria um inquérito internacional, preferindo a cooperação direta com as autoridades sauditas.
Porém, na terça-feira, o ministro dos Assuntos Exteriores, Mevlut Cavusoglu afirmou que a Turquia estava em negociações com as Nações Unidas para uma possível investigação internacional sobre o assassinato, o que provocou indignação em todo o mundo.
Ancara tem criticado repetidamente a falta de cooperação saudita, que diz que o assassínio foi cometido sem o seu consentimento.
As autoridades sauditas rejeitaram um pedido de extradição de um grupo de suspeitos, feito pela Turquia, que incluía dois funcionários próximos do príncipe herdeiro, Mohammed bin Salman, acusado por Ancara de ter participado no plano do assassínio.
Os dois suspeitos, Ahmed al-Assiri e Saud al-Qahtani, foram demitidos das suas funções em 20 de outubro, enquanto uma tempestade diplomática atingia a Arábia Saudita, após a morte do jornalista, que vivia nos EUA e trabalhava para o jornal Washington Post.
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