"Estou preparado para o fazer, se vier a ser escolhido, mas também tendo consciência de que há ainda muitas etapas a percorrer e que, sobretudo, é muito imprevisível a fase final desta escolha", declarou o candidato.
António Guterres venceu as primeiras quatro votações secretas para o cargo, que aconteceram a que aconteceram a 21 de julho, 05 de agosto, 29 de Agosto e 09 de setembro.
Ainda assim, o antigo primeiro-ministro continua cauteloso e passou a semana da Assembleia-Geral da ONU a multiplicar os contatos feitos nos últimos meses.
"Como dizia o Jean Monnet, nem otimista, nem pessimista, mas determinado. Estou a fazer aquilo que posso no sentido de oferecer esta disponibilidade para uma função, que, sendo extremamente difícil, se torna hoje muito importante, dado que o mundo passa por momentos muito complicados", explicou.
A campanha tem sido marcada pela intenção de eleger uma mulher, que nunca ocupou este cargo, ou alguém da Europa de Leste, para cumprir uma tradição de rotação geográfica, como tem defendido a Rússia.
Questionado sobre a Rússia ser um obstáculo à sua candidatura, António Guterres disse que discordava.
"Não há nenhum obstáculo, há um reconhecimento de que compete agora aos membros do Conselho de Segurança encontrar a melhor solução. Espero que esse juízo me seja favorável, mas, para já, tenho tido com todos os países do conselho de segurança um excelente diálogo", afirmou o antigo Alto Comissário para os Refugiados.
Duas outras votações estão agendadas: uma semelhante às primeiras quatro, que acontece a 26 de setembro, e uma na primeira semana de outubro, em que os votos dos membros permanentes do conselho, que têm poder de veto sobre os candidatos, serão destacados.
A organização espera ter encontrado o sucessor de Ban Ki-moon, que termina o seu segundo mandato no final do ano, durante o outono.
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