"António Guterres é um amigo de Timor-Leste, cuja capacidade diplomática e de diálogo foram fatores decisivos para que a questão do direito à autodeterminação do povo timorense merecesse a atenção dos líderes mundiais e para que a independência do país fosse finalmente alcançada", refere o texto.

Proposto pelas bancadas da Fretilin, Partido Democrático (PD) e Frente Mudança, o voto de congratulação foi aprovado pelos 41 deputados presentes hoje no plenário.

O texto destaca que António Guterres, ao longo de todo o processo de eleição, demonstrou "as qualidades humanas e intelectuais fundamentais" para exercer o cargo.

"A sua carreira foi pautada pela dedicação à causa pública, pela defesa dos valores da paz e da dignidade da pessoa humana, tendo sempre pugnado pela proteção dos direitos humanos e pelo respeito pelos princípios humanitários", lê-se no texto.

"António Guterres é um homem de ação e de diálogo, cujo espírito de missão e apoio aos mais vulneráveis são bem conhecidos do povo timorense e jamais serão apagados da sua memória", acrescenta.

O parlamento timorense refere o apoio que Guterres, então primeiro-ministro português, deu à luta pela autodeterminação de Timor-Leste, destacando o momento, em 1996, em Banguecoque, em que defendeu junto do ditador indonésio Suharto a libertação de Xanana Gusmão, líder da resistência timorense à ocupação da Indonésia.

António Guterres assume funções como secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) a 01 de janeiro de 2017.