“Ao contrário do que foi dito por Rafaela Fernandes, nova presidente do Serviço de Saúde da Madeira (SESARAM), os problemas de abastecimento supracitados não se deveram a quaisquer intervenções em curso na rede de água pública em São Martinho”, declara o município do Funchal em comunicado divulgado na região.
O problema da falta de água hoje no Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal, foi avançada pela responsável do SESARAM através do matutino JM-Madeira.
No mesmo documento, o município argumenta que “os problemas deveram-se especificamente a uma obstrução que se verificou na entrada dos reservatórios de água do SESARAM localizados nas Virtudes, a qual foi sinalizada à Câmara Municipal do Funchal demasiado tarde”.
A nota complementa que nessa altura os “reservatórios em causa já estavam nos mínimos, ao contrário do que é a prática definida neste tipo de situações, sendo esta sinalização da responsabilidade do SESARAM”.
A Câmara do Funchal refere que este facto é “facilmente comprovável pelo facto de o SESARAM ter sido o único cliente afetado com esta situação de subfornecimento”.
O município salienta que o problema foi sinalizado pelas 13:00 de segunda-feira à autarquia do Funchal e “pelas 16:00 o fornecimento de água já estava restabelecido, graças à imediata intervenção dos serviços camarários”.
“[Estes serviços] procederam a uma reconfiguração da rede de água do Bairro [social] do Hospital e garantiram que os autotanques dos Bombeiros Sapadores do Funchal abasteciam os reservatórios do Hospital Dr. Nélio Mendonça”, adianta a câmara, assinalando: “A autarquia pode confirmar que o problema se encontra, neste momento, completamente resolvido”.
Segundo a câmara, os reservatórios afetados são “privados, do SESARAM e que a rede de água entre os mesmos e o Hospital Dr. Nélio Mendonça é da responsabilidade do Serviço Regional de Saúde, que só se apercebeu do problema quando os seus reservatórios já estavam vazios”.
O município destaca igualmente que “quaisquer outras questões internas relacionadas com a gestão interna do serviço são da estrita responsabilidade do SESARAM” e lamenta que, “ao contrário da boa coordenação de esforços que existiu no local no plano técnico, depois de uma situação tardiamente sinalizada pelo próprio SESARAM, este organismo público tenha usado os meios de comunicação social para publicar informações erradas, e que não correspondem à realidade”.
O município censura ainda a nova presidente do SESARAM, Rafaela Fernandes, por, depois de o abastecimento de água ter sido restabelecido, alegadamente, ter tentado “mediatizar a situação e retirar algum tipo de dividendos políticos, quando esta situação deveria, pelo contrário, ser tratada com mais responsabilidade e com discrição institucional”.
De acordo com o JM-Madeira, ao longo do dia de segunda-feira, "camiões-cisterna dos bombeiros com milhares de litros de água" abasteceram os tanques do hospital do Funchal para "não agravar o seu normal funcionamento".
O matutino adiantou que "o plano de contingência do SESARAM foi ativado", o que "evitou que a situação se agravasse", adiantando que a Câmara do Funchal "convocou mais trabalhadores para trabalhar toda a noite e resolver um problema grave que afeta a maior unidade hospitalar da região", indicando que o problema deverá ficar resolvido hoje.
Comentários