“Só podemos enfrentar a política sionista – apoiada pelos Estados Unidos – lançando uma nova Intifada”, disse o líder do Hamas, Ismail Haniyeg, num discurso na Faixa de Gaza esta quinta-feira.
Ontem, numa primeira reação ao anúncio de Trump, o movimento islamita palestino Hamas que a decisão do Presidente dos Estados Unidos de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel abre "os portões do inferno para os interesses americanos na região". Ismail Radwan, um dos líderes do Hamas, falando a jornalistas na Faixa de Gaza, pediu ontem aos países árabes e muçulmanos que "reduzam os laços económicos e políticos" com as embaixadas dos Estados Unidos e expulsem os embaixadores americanos.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconheceu na quarta-feira Jerusalém como capital de Israel, tornando-se no único país do mundo a tomar essa decisão que representa uma rutura em relação a décadas de neutralidade da diplomacia norte-americana no âmbito do processo israelo-palestiniano.
Os Estados Unidos transformam-se no único país do mundo a reconhecer Jerusalém como capital de Israel.
Uma lei norte-americana de 1995 solicitava a Washington a mudança da embaixada para Jerusalém, mas essa medida nunca foi aplicada, porque os Presidentes Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama adiaram sua execução, a cada seis meses, com base em “interesses nacionais”.
A comunidade internacional nunca reconheceu Jerusalém como capital de Israel, nem a anexação da parte oriental conquistada em 1967.
Israel considera a Cidade Santa a sua capital “eterna e reunificada”, mas os palestinianos defendem pelo contrário que Jerusalém-leste deve ser a capital do Estado palestiniano ao qual aspiram, num dos principais diferendos que opõem as duas partes em conflito.
Os países com representação diplomática em Israel têm as embaixadas em Telavive, em conformidade com o princípio, consagrado em resoluções das Nações Unidas, de que o estatuto de Jerusalém deve ser definido em negociações entre israelitas e palestinianos.
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