“Eles estão a cuidar de mim, a darem-me medicamentos. Só peço que me levem de volta para casa o mais rápido possível, para a minha família, os meus pais, os meus irmãos. Por favor, tirem-me daqui o mais rápido possível”, realça a refém, que diz ter 21 anos e ser natural da cidade israelita de Shoham, num vídeo onde surge deitada numa cama com o braço ferido, enquanto um profissional de saúde lhe enrola uma ligadura.
A jovem, identificada como Maya Sham, foi raptada “no início da manhã de sábado [07 de outubro]” quando saía do festival perto de Gaza, onde pelo menos 260 pessoas foram massacradas e outras capturadas durante o ataque terrestre, marítimo e aéreo do Hamas que apanhou Israel de surpresa.
Em resposta à divulgação do vídeo, o porta-voz militar israelita disse ter informado a família da jovem há uma semana que esta foi raptada.
Além disso, acusou o Hamas de tentar “apresentar-se como uma organização humana, quando é uma organização terrorista responsável pelo assassinato e sequestro de bebés, mulheres, crianças e idosos”.
Israel informou hoje que notificou as suas famílias sobre a identidade de 199 pessoas raptadas pelo Hamas e outras milícias palestinas em Gaza, confirmou o porta-voz do Exército, Daniel Hagari.
O vídeo foi divulgado pouco depois de o Hamas ter divulgado uma mensagem do seu porta-voz, Abu Obeida, anunciando que o grupo planeia libertar reféns estrangeiros detidos pelo em Gaza.
Abu Obeida afirmou que estes reféns são considerados seus convidados e que serão libertados quando as “condições no terreno” forem cumpridas.
Segundo ele, o Hamas capturou 200 pessoas, enquanto outras milícias têm pelo menos mais 50.
O porta-voz também informou que pelo menos 22 dos sequestrados foram mortos pelos bombardeios israelitas.
As milícias palestinas exigiram a libertação de milhares de prisioneiros palestinianos nas prisões israelitas em troca do regresso dos reféns na Faixa de Gaza.
O grupo islamita Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta, Israel tem vindo a bombardear várias infraestruturas do Hamas na Faixa de Gaza e impôs um cerco ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
O número de mortes causadas pelos bombardeamentos israelitas na Faixa de Gaza desde o ataque da milícia islamita Hamas, em 07 de outubro, já chega a 2.750 pessoas, além de se registarem 9.700 feridos, informou hoje o Ministério da Saúde palestiniano.
Além disso, desde o início da guerra, 58 palestinianos também foram mortos em confrontos com israelitas e 1.250 ficaram feridos na Cisjordânia ocupada.
Em Israel, cerca de 1.400 pessoas morreram, a grande maioria civis, durante o ataque da milícia islamita, a que se somam cinco mortes causadas pela milícia xiita libanesa Hezbollah na fronteira norte.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel está “em guerra” com o Hamas.
Telavive tem vindo a reunir tropas junto ao território da Faixa de Gaza, enclave controlado pelo grupo islamita desde 2007, em preparação para uma provável ofensiva contra o Hamas.
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