O trabalho suplementar realizado pelos enfermeiros cresceu 16% face a 2016 e cada profissional que cumpre aquelas horas realizou uma média de 109 horas de trabalho suplementar no ano passado.
Este aumento ocorreu sobretudo devido à reposição das 35 horas de trabalho semanais de parte dos enfermeiros, reconhece o Relatório Social do Ministério da Saúde, que foi divulgado esta semana.
O aumento, indica o relatório, deve-se maioritariamente “à alteração ocorrida no período normal de trabalho dos trabalhadores em funções públicas com a reposição das 35 horas (…), cujo reflexo não pôde deixar de sentir-se particularmente no contexto hospitalar”.
“Uma parte das horas de trabalho perdidas tiveram de ser compensadas por recurso à realização de trabalho suplementar”, refere o documento do Ministério da Saúde.
No total, os enfermeiros realizaram, em 2017, cerca de 2,5 milhões de horas suplementares.
Quanto aos médicos, as horas suplementares de trabalho reduziram cerca de 3% em 2017 face ao ano anterior, mas ainda assim foram feitas 5,7 milhões de horas suplementares.
Cada médico realizou em média 314 horas de trabalho suplementar no ano passado, tendo em conta o universo de pessoal médico que as cumpriu, que representa 67% do total de médicos.
Oncologia médica e imuno-hemoterapia foram as especialidades com maiores acréscimos de horas suplementares, enquanto na medicina geral e familiar, na ortopedia e anestesiologia houve diminuições mais significativas.
As especialidades que realizam mais horas de trabalho suplementar são a medicina interna, a cirurgia geral, a medicina geral e familiar, a anestesiologia e a pediatria.
No total, foram realizadas cerca de 11,8 milhões de horas, tendo sido gastos quase 178 milhões de euros nestas horas suplementares de todos os profissionais de saúde, o que dá uma média de 487 mil euros por dia.
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