Wang Weijing, que trabalha na Polónia, foi "imediatamente" demitido, porque "este incidente teve efeitos nefastos para a reputação mundial da Huawei", aponta a empresa na nota à imprensa.

Fundada por um ex-engenheiro das Forças Armadas chinesas, a empresa é suspeita de espionagem em vários países, como os Estados Unidos, a Austrália e o Japão, o que a proibiu de desenvolver a 5G, uma rede de internet ultrarrápida.

"A Huawei sempre respeitou as leis e as regulamentações em vigor nos países em que opera (...) e pede que todos os seus funcionários respeitem as leis e as regulamentações do respetivo país", acrescentou o grupo chinês no seu comunicado, alegando que Wang Weijing foi detido por "motivos pessoais".

"Um polaco e um chinês foram presos por acusações de espionagem", disse o ministro polaco encarregado de coordenar os serviços de Inteligência, Maciej Wasik.

Ambos foram detidos na última terça-feira por suspeitas de terem agido "em nome dos serviços chineses em detrimento da Polónia", disse o porta-voz do Ministério, Stanislaw Zaryn.

O polaco envolvido era um conselheiro da subsidiária polaca do grupo de telecomunicações francês Orange.

O caso levou o ministro do Interior, Joachim Brudzinski, a pedir à União Europeia e à NATO para convergir posições quanto a excluir a Huawei dos seus mercados.

A Huawei tem estado no centro de uma polémica quanto à prisão da sua diretora financeira, Meng Wanzhou, considerada suspeita, pela justiça norte-americana, de cumplicidade em fraude para contornar as sanções dos Estados Unidos ao Irão, o que levou à sua recente detenção num aeroporto do Canadá.