"A adesão [à rede] não surgiu por acaso. Somos do mundo rural. Idanha-a-Nova quer desenvolvimento, mas que este seja equilibrado e sustentado", afirmou a presidente do Centro Municipal de Cultura e Desenvolvimento de Idanha-a-Nova, Catarina Pereira.
Esta associação de desenvolvimento local é, a partir de agora, a instituição concelhia responsável por todo o trabalho a desenvolver no âmbito da rede Internacional de Bio Regiões em parceria com a autarquia local.
O grande objetivo desta rede passa pelo desenvolvimento de atividades de sustentabilidade ambiental nos territórios, não só ao nível da produção biológica, mas com o envolvimento consciente de toda a comunidade local, desde agricultores, produtores, consumidores, escolas, operadores turísticos e instituições.
A cerimónia de adesão decorreu na Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova (ESGIN) e foi presidida pelo secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Miguel Freitas.
O presidente da Rede Internacional Bio Regiões, Salvatore Basile, realçou a importância deste dia para a rede.
"Quando se cria uma biorregião, cria-se um acordo, um protocolo que envolve toda a comunidade, desde agricultores, consumidores, universidades, Governo, operadores turísticos, entre outros. Trata-se de um acordo de gestão sustentável dos recursos locais", explicou.
Já o presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, apresentou o Instituto do Mundo Rural, uma entidade não formal que surge da proposta apresentada pelo economista Augusto Mateus, no seu estudo "O Mundo Rural, porque sim", encomendado pela autarquia local.
"Idanha-a-Nova fez uma proposta para a criação deste instituto com o objetivo de poder concretizar as propostas apresentadas no estudo [de Augusto Mateus]. Uma das propostas é a criação de uma rede de biorregiões em Portugal", explicou o autarca.
Armindo Jacinto sublinhou ainda que já encetou contactos e que, neste momento, existem já meia dúzia de municípios interessados em aderir à rede de biorregiões.
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