"Relativamente ao plano inicial, será maioritariamente cumprido. (…) As principais ruas e artérias da cidade estarão iluminadas e fá-lo-emos até quinta-feira. Não será a totalidade, mas será a sua maioria", disse a vereadora do Pelouro da Juventude e do Desporto, Catarina Araújo.

A autarca sublinhou o papel relevante dos trabalhadores da Porto Lazer e do município "que, de uma forma voluntária, se disponibilizaram a ultrapassar esta questão" de atraso na colocação da iluminação de Natal na cidade.

Aquela responsável, que respondia a uma pergunta do vereador do PS Manuel Pizarro, lembrou que esta situação é da responsabilidade da empresa contratada.

"Reconhecemos desde o início o problema e o atraso existente [na colocação de iluminação] e explicamos o que falhou, (…) foi a empresa contratada. A Porto Lazer atempadamente lançou-o [o concurso para a iluminação] em setembro, mas o procedimento ficou deserto" explicou a vereadora.

Ao contrário dos dois anos anteriores, as iluminações de Natal no Porto deste ano foram contratadas por ajuste direto no valor de 210 mil euros.

Questionado sobre o porquê de o concurso ter ficado deserto, Rui Moreira, defendeu que isto é algo que está a suceder "em todos os concursos lançados", e uma das explicações, sublinhou, prende-se com a mudança do código de contratação pública.

"Antigamente a contratação pública era um valor de referência, mas era adjudicado ao melhor preço. Agora, o valor de referência é o valor máximo", afirmou, defendendo que o código deve ser revisto para permitir que os valores possam ser ajustados.

Rui Moreira defendeu ainda que se devia cadastrar o desempenho das empresas que trabalham para o setor público.

Já a vereadora disse acreditar que este incumprimento se deveu a uma saturação do mercado e não por causa do valor proposto no concurso público, tendo esta situação acontecido em outros municípios vizinhos, como é o caso de Matosinhos.

O atraso da iluminação das luzes de Natal no Porto está a preocupar os comerciantes da cidade e a condicionar o aumento de vendas estimada para a época natalícia, alertou a Associação de Comerciantes do Porto (ACP) na sexta-feira.

"Estamos quase a chegar a meio de dezembro e [as ruas] Sá da Bandeira, Costa Cabral, Cedofeita, Rodrigues de Freitas, Fernando Tomás, todas elas ainda não se encontram iluminadas. Tirando a Avenida dos Aliados, todas estas ruas ainda estão sem o espírito natalício e isso prejudica em muito a procura e o consumo destas ruas, ainda por cima tão típicas do comércio do Porto", declarou à Lusa o presidente da ACP, Joel Azevedo.

Num comunicado publicado a 01 de dezembro na sua página da internet, a autarquia informava que uma "parte substancial" da iluminação de Natal na cidade do Porto não seria inaugurada naquele dia por "incumprimento" da empresa contratada pela autarquia, salientando que "perante tão grave incumprimento" estava já "a acionar um plano de contingência e todos os meios legais para acautelar os interesses do município".

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