"O objetivo é combater eventuais reacendimentos que possam ocorrer", disse o vereador da Câmara Municipal do Funchal, sublinhando que a área à volta do edifício vai ser interditada à circulação enquanto decorre uma peritagem à estrutura, abarcando o largo do Pelourinho e a travessa da Malta.

Por sua vez, o vereador responsável pela Proteção Civil, João Pedro Vieira, referiu que do edifício os bombeiros retiraram uma pessoa que estava no terceiro andar, tendo sido encaminhada para o Hospital Central do Funchal e uma outra que, segundo testemunhas, saiu pelos seus próprios meios. Aquele imóvel devoluto era usado por pessoas sem abrigo para passarem a noite.

João Pedro Vieira realçou a prontidão da intervenção dos Bombeiros Sapadores do Funchal e Voluntários Madeirenses que, sete minutos após o alerta (19:15) já se encontravam no terreno.

O incêndio teve a intervenção de 24 viaturas e mais de 60 homens dos Bombeiros Sapadores do Funchal, Voluntários Madeirenses e dos Bombeiros Municipais de Santa Cruz e Voluntários de Câmara de Lobos.

A PSP vedou toda a zona e, em colaboração com os bombeiros, evacuou os prédios da rua Fernão de Ornelas, bem como retirou as respetivas botijas de gás.

"Vamos contactar o Laboratório Regional de Engenharia Civil para, em conjunto, com o nosso Departamento de Infraestruturas e Equipamentos, fazer uma avaliação à infraestrutura do edifício", disse o vereador João Pedro Vieira, referindo que o imóvel já se encontrava devoluto há alguns anos, tendo sido adquirido pela empresa AFA para a construção de uma unidade hoteleira.

Miguel Gouveia anunciou que “depois de extinto o fogo, a área à volta do edifício vai ficar interdita à circulação de pessoas até ser feita uma vistoria à estrutura para avaliar a sua solidez” e assegurar que não há risco de a estrutura colapsar.

Várias testemunhas partilharam nas redes sociais imagens do combate ao fogo.

Por precaução, os prédios em torno da antiga fábrica Insular de Moinhos, que data de 1929, foram evacuados, existindo muitos prédios antigos e alguns estabelecimentos. Este imóvel faz parte de um projeto hoteleiro do grupo Avelino Farinha e Agrela (AFA), que tinha já um projeto hoteleiro previsto para o prédio.

Um dos administradores da AFA, Bruno Freitas, referiu aos jornalistas que o projeto estava para “avançar no início de 2020”, vindo esta situação colocar em causa a sua concretização.

A Câmara Municipal do Funchal também divulgou um comunicado a apelar à população para evitar circular esta noite na baixa da cidade, sobretudo na zona onde deflagra o incêndio.

Em comunicado, a autarquia salienta que a origem do fogo naquele imóvel, localizado no Largo do Pelourinho, está “ainda por apurar”.

O município pede ainda à população “para manter a calma".

[Notícia atualizada às 22:48]