Os pontos de ruptura do incêndio estão identificados e amanhã o combate será idêntico ao consumado no dia de hoje. A preocupação continua a ser em toda a parte virada a Este, à margem do concelho de Oleiros e Proença-a-Nova.

A Proteção Civil avisou aos habitantes das aldeias de Vale de Cuba, Ribeira de Isna, Isna, Corgas e Pedintal que, numa fase inicial de uma reativação do incêndio, podem ficar na linha do fogo.

O Comandante Pedro Nunes salientou que é um "incêndio que tem dado muito trabalho durante o período da tarde", algo que era, contudo, esperado, tendo em conta que houve um aumento de temperatura relativamente a este domingo.

Enfatizando que os bombeiros trabalham num território "muito apetecível para o fogo" e onde este "é rei", as forças de combate ficam numa situação muito frágil. Porém, a situação está controlada e por isso vai haver uma redução gradual de profissionais no combate às chamas — neste momento estão mais de 800 no local.

Todavia, deixou um recado para o comportamento negligente de cidadãos em algumas situações que são propícias a incêndios.

"Não é tolerável, ninguém intende, como é possível termos fogos devido à negligência do comportamento humana", disse, antes de explicar que os "os combustíveis finos estão extremamente disponíveis", além de que é proibido, em zonas rurais e florestais, a utilização de motorroçadoras, motoserras ou tratores agrícolas com grades.

Esta foi a mensagem que ficou durante a conferência de imprensa: a negligência humana. Antes, já a secretária da Administração Interna, Patrícia Gaspar, lembrou que por muito bons que os profissionais do combate às chamas sejam, não é conceptível que a maior parte dos fogos surja de más práticas em tempos quentes e em espaços rurais.

"Podemos ter o melhor dispositivo deste mundo, mas eu não consigo ter um bombeiro atrás de cada português", disse.

A governante lamentou também a morte do bombeiro Diogo Dias, que perdeu a vida no primeiro dia do fogo — que até hoje já consumiu 6 mil hectares. Por isso, quis passar uma mensagem: "Não é tolerável o uso do fogo junto de espaços florestais".