A informação foi hoje revelada pelo comandante José Carlos Pinto à Lusa, que desde as 18:46 de sexta-feira coordenou as operações de combate ao fogo na J. Nunes e Filhos, Lda, onde os trabalhos envolveram uma equipa que chegou a contar com 135 bombeiros em simultâneo.
“O edifício teria uns 2.000 metros quadrados e 90% disso ficou destruído”, declarou o coordenador das operações levadas a cabo na freguesia de S. Paio de Oleiros, onde o incêndio ficou dominado por volta das 04:00.
A área que acolhe os escritórios e a prensa de papel, contudo, “não foi afetada”, pelo que o responsável acredita que a unidade poderá voltar a laborar a médio prazo, embora, para isso, os proprietários “tenham certamente que criar uma nova área para armazenamento de materiais”.
Ainda segundo José Carlos Pinto, esta manhã continuavam a trabalhar no local 60 bombeiros, 24 viaturas de apoio e quatro máquinas de rasto, sendo que se devem prolongar pelo resto do dia as operações de “remoção de toda a matéria ardida”.
O comandante não adianta o que terá estado na origem do sinistro, mas refere que os bombeiros tiveram que lidar com uma “elevada carga térmica, o que dificultou a aproximação [às chamas]”.
Quanto ao destino das várias toneladas de fardos de papel, cartão e plástico agora destruídos, José Carlos Pinto afirma que, quando a temperatura desses materiais tiver descido até níveis seguros, os restantes procedimentos competem à própria empresa. “Depois haverá um processo burocrático de transporte e eliminação destes resíduos, mas é à empresa que compete tratar disso”, remata.
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