"Os prejuízos ainda não estão totalmente quantificados, mas são avultados e o problema é que não tenho seguro. A parte elétrica foi destruída, um dos barcos que se encontrava pronto para entrega foi afetado, quatro cascos são recuperáveis e não sei como vamos conseguir [assegurar] os contratos celebrados com a Marinha Portuguesa e o Ministério da Defesa de Marrocos", afirmou hoje à Lusa Francisco Portela Rosa.
O responsável da Navalethes, empresa com cerca de seis anos de atividade acrescentou que as causas do incêndio são ainda desconhecidas e que "a Polícia Judiciária (PJ) foi chamada a investigar o caso".
"É um incêndio esquisito. A única possibilidade que coloco é algum curto-circuito. Uma lâmpada de presença que deixamos ligada durante a noite. Temos câmaras de videovigilância que poderão ajudar a explicar o que se passou", disse.
Contactada pela agência Lusa, fonte da diretoria de Braga da PJ afirmou que "o caso foi comunicado e vai ser investigado".
Aquele estaleiro tem na carteira de encomendas " lanchas de fiscalização para entregar, em dezembro, à Marinha portuguesa e mais duas daquelas embarcações para o Ministério da Defesa de Marrocos".
"O contrato de Marrocos prevê um total de quatro lanchas. Duas entregamos a semana passada. As outras duas tínhamos que entregar no final de outubro", especificou.
Segundo Francisco Portela Rosa "a empresa foi alvo, há cerca de dois anos, de obras de requalificação, orçadas em mais de 110 mil euros", estimando "em mais um mês a mês e meio o tempo necessário para a recuperação do estaleiro".
Aquele estaleiro emprega atualmente "cerca de 20 trabalhadores (contando com os funcionários do subempreiteiro)".
Segundo fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Viana do Castelo o alerta foi dado cerca das 01:31. Aquela fonte revelou que as chamas foram dadas como dominadas cerca das 02:00, sendo que as operações de rescaldo prolongaram-se até às 04:00.
Ao local compareceram 13 operacionais com quatro viaturas dos bombeiros municipais e voluntários da cidade.
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