Vista geral (atualizado às 23:30)

  • Número total de incêndios rurais: 33
  • Número total de operacionais mobilizados: 1212
  • Número total de viaturas operacionais mobilizadas: 374
  • Número total de meios aéreos mobilizados: 0

*Fonte: site da Proteção Civil

No ponto de situação realizado ao início da tarde desta segunda-feira, a pela Proteção Civil dava conta de que as ocorrências de relevo que tiveram lugar entre os dias 7 e 10 de julho — em Santarém, Leiria, Vila Real e Bragança — encontram-se "dominadas e numa fase de estabilização dos perímetros".

Todavia, as previsões apontam para um "agravamento das condições meteorológicas" da parte da tarde, pelo que os dispositivos se iriam manter no terreno para acautelar reativações.

Entretanto, pelas 14h40, o site da Proteção Civil dava conta de um novo incêndio em curso, na Guarda.

Ponto de situação sobre os maiores incêndios que lavram no país

Guarda (atualizado às 23:30)

  • Número de ocorrências: 9
  • Onde: Castelo Rodrigo (em conclusão), Vila Nova de Foz Côa (em conclusão), Fornos de Algodres (em conclusão), Almendra (em conclusão), Pinhel (em conclusão), Almeida (em conclusão), Escalhão (em conclusão), Benespera (em conclusão), Trancoso (em conclusão)
  • 212 operacionais
  • 58 viaturas
  • 0 meio aéreos

Santarém (atualizado às 23:30)

  • Número de ocorrências: 1
  • Onde: Freixianda, Ribeira do Fárrio e Formigais (em conclusão)
  • 468 operacionais
  • 152 viaturas
  • 0 meios aéreos

Leiria (atualizado às 23:30)

  • Número de ocorrências: 1
  • Onde: Abiul (em resolução)
  • 144 operacionais
  • 49 viaturas
  • 0 meios aéreos

O que se sabe até agora:

O incêndio que começou na sexta-feira no concelho de Pombal e que se estendeu a Ansião, distrito de Leiria, foi considerado em resolução às 08:30 de hoje, disse à agência Lusa o 2.º comandante distrital de operações de socorro.

“O incêndio em Ansião está em resolução desde as 08:30. Decorrem trabalhos de consolidação de pontos quentes e uma vigilância ativa em todo o perímetro”, afirmou Ricardo Costa.

“O meio aéreo está a fazer rescaldo numa zona inacessível a meios terrestres”, explicou a mesma fonte, esclarecendo que o perímetro do incêndio engloba os concelhos de Pombal, Ansião e Alvaiázere.

O incêndio teve início às 14:50 de sexta-feira numa zona florestal e agrícola na povoação de Vale da Pia, freguesia de Abiul, no concelho de Pombal. Mais tarde, as chamas acabaram por chegar ao concelho vizinho de Ansião.

As autoridades mantém-se atentas a reativações que possam causar novos focos. O período da tarde revela-se assim decisivo no combate.

Vila Real (atualizado às 23:30)

  • Número de ocorrências: 3
  • Onde: Valpaços (em resolução), Adoufe e Vilarinho de Samardã (em resolução); Ribeira de Pena (em conclusão)
  • 45 operacionais
  • 13 viaturas
  • 0 meios aéreos

O que se sabe até agora:

O incêndio que deflagrou domingo em Canedo, Ribeira de Pena, se estendeu ao concelho de Boticas e atingiu floresta de pinheiro-bravo, está em fase de resolução, segundo fonte da Proteção Civil.

O alerta para o fogo foi dado às 15:15, em Canedo, concelho de Ribeira de Pena, mas as chamas acabaram por lavrar em direção ao concelho vizinho de Boticas, ambos no distrito de Vila Real.

O comandante distrital de operações de socorro de Vila Real (CODIS), Miguel Fonseca, disse esta manhã à agência Lusa que o incêndio está a “ceder aos meios” e que os “trabalhos estão a correr favoravelmente”.

As grandes preocupações são, apontou, as condições meteorológicas desfavoráveis, de calor e vento.

No terreno há operacionais que estão a proceder ao combate, enquanto outros estão já em ações de consolidação e rescaldo e outros em ações de vigilância.

O presidente da Câmara de Boticas, Fernando Queiroga, disse que o dia vai ser de muito trabalho de rescaldo e vigilância devido aos possíveis reacendimentos.

O autarca lamentou a destruição de floresta de pinheiro-bravo e apontou para uma área ardida, numa primeira previsão, de cerca” de 200 hectares”.

Esta área insere-se na maior mancha contínua de pinheiro-bravo da Península Ibérica que tem sido alvo de vários projetos de limpeza e de reflorestação por parte dos municípios do vale do Tâmega, conselhos diretivos de baldios e Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).

No domingo, ao final do dia, o incêndio esteve “quase sanado”, no entanto, segundo Fernando Queiroga, a mudança do sentido do vento que se fez sentir complicou a situação.

O fogo teve início numa zona onde se verificaram várias ignições nos últimos tempos e, segundo o autarca, as autoridades vão, agora, investigar as causas.

Durante a noite registaram-se, segundo o CODIS, várias ignições no distrito, como nos concelhos de Vila Real e Valpaços, que foram resolvidas com “alguma facilidade” pelos meios ainda disponíveis no território.

Bragança (atualizado às 23:30)

  • Número de ocorrências: 3
  • Onde: Castanheiro do Norte e Ribalonga (em resolução); Freixo de Espada à Cinta (em conclusão), Marzagão (em conclusão)
  • 137 operacionais
  • 42 viaturas
  • 0 meios aéreos

O que se sabe até agora: 

O presidente da Câmara de Carrazeda de Ansiães atribuiu hoje à falta de meios aéreos as proporções do incêndio que lavra há cinco dias neste concelho do distrito de Bragança, com prejuízos que provocaram “um cenário desolador”.

João Gonçalves adiantou à Lusa que “arderam cerca de 3.500 hectares”, com prejuízos que ainda vão ser quantificados em várias culturas agrícolas, no incêndio “de enormes proporções”, que começou a meio da tarde de quinta-feira e ainda mobilizava, às 18:30 desta segunda-feira, 115 operacionais e 34 viaturas.

O fogo ainda não está extinto, mas “está totalmente confinado”, segundo o autarca, que atribui à falta de meios aéreos as proporções que o incêndio tomou, numa zona de difícil acesso, devido às características rochosas, onde o combate às chamas por terra era praticamente impossível.

“A falta de acessos foi a grande preocupação, o que saltou à vista era a dificuldade que as forças terrestres - e estiveram lá cerca de duas centenas de operacionais no terreno - tinham no acesso ao combate”, apontou.

Outras informações relevantes:

  • Portugal continental entrou hoje e até as 23:59 de sexta-feira em situação de contingência, devido às previsões meteorológicas dos próximos dias que apontam para o agravamento do risco de incêndios rurais. Saiba o que muda.
  • As previsões do Instituto Português da Atmosfera (IPMA) apontam para uma segunda-feira quente, com temperaturas acima dos 40º em algumas zonas do país e céu nublado, com possibilidade de trovoada no interior durante a tarde.
  • Nos próximos dias prevê-se uma nova subida da temperatura, com os termómetros a chegar aos 46 graus em Évora e 47 graus em Santarém.
  • Esperam-se "temperaturas mais elevadas, humidade inferior, noites que não permitem a intervenção. Nos próximos dias teremos duas fases: hoje [domingo] e amanhã [segunda-feira] será grave, mas com agravamento acrescido a partir de dia 12 e durante um número de dias, que poderá ir até ao final da semana", explicava ontem Marcelo Rebelo de Sousa ao país, após uma reunião do Centro de Coordenação Operacional Nacional (CCON) da Proteção Civil.
  • Em perigo máximo de incêndio estão hoje mais de 80 concelhos dos distritos de Bragança, Vila Real, Braga, Viseu, Guarda, Coimbra, Castelo Branco, Portalegre, Beja e Faro.