Vista geral (atualizado às 23h35)

  • Número total de incêndios rurais: 65
  • 13 em curso; 13 em resolução e 39 em conclusão
  • Número total de operacionais mobilizados: 3377
  • Número total de viaturas operacionais mobilizadas: 1035
  • Número total de meios aéreos mobilizados: 1

*Fonte: site da Proteção Civil

Mais de 160 incêndios foram registados até às 19:30 de hoje em Portugal continental, mais quatro do que os verificados na quarta-feira, indicou a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

Num balanço feito pelas 20:30 na sede da ANEPC, em Carnaxide, no concelho de Oeiras (Lisboa), o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes, disse hoje que foram contabilizados 165 incêndios e que 23 ainda se mantinham ativos.

Foram “registados 165 incêndios registados até às 19:30 de hoje, mais quatro do que no dia de ontem [quarta-feira]”.

Segundo o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, desde o dia 08 de julho até hoje, foram “registadas 9.098 ocorrências e foram envolvidos um total de 33.000 operacionais, 8.871 meios terrestres e 510 meios aéreos”.

Leiria (atualizado às 23h35)

  • Número de ocorrências: 5
  • Onde: Barrocal - Sicó e Abiul (em curso); Caranguejeira (em resolução); Regueira de Pontes e Casal do Pilha (em conclusão)
  • 963 operacionais
  • 272 viaturas
  • 1 meio aéreo

O que se sabe até agora:

O incêndio que hoje se reacendeu no concelho de Leiria está dominado, disse à Lusa o vereador com o pelouro da Proteção Civil, Luís Lopes.

Segundo o autarca socialista, o fogo, que teve ignição na freguesia da Caranguejeira, na terça-feira, e que depois se estendeu a Colmeias e Memória, Milagres, Boa Vista e a União de Freguesias de Souto da Carpalhosa e Ortigosa, ficou dominado pelas 17:00.

Luís Lopes acrescentou que a situação no Crasto, na zona de Colmeias, e nos Milagres está controlada.

“Vamos manter todo o dispositivo para ações de vigilância e rescaldo. Ontem, por esta hora, também tínhamos a situação controlada e, hoje, com o calor, voltaram os reacendimentos”, alertou.

O vereador disse ainda que os meios estão a ser “reposicionados” e que está a ser efetuado patrulhamento por toda a área, “até para dar alguma segurança à população”.

“Espera-se uma maior humidade nas próximas horas, o que poderá ajudar à consolidação do rescaldo”, destacou.

O incêndio florestal que deflagrou na terça-feira na Caranguejeira, concelho de Leiria, e que esta madrugada entrou em resolução, reacendeu na manhã de hoje.

Houve vários reacendimentos no perímetro do incêndio, com destaque para Portela do Outeiro, Lourais e Crasto, na União de Freguesias de Colmeias e Memória.

Este responsável frisou não haver danos em habitações ou registo de feridos.

Aveiro (atualizado às 23h35)

  • Número de ocorrências: 1
  • Onde: Pinheiro da Bemposta, Travanca e Palmaz (em resolução)
  • 331 operacionais
  • 113 viaturas
  • 0 meios aéreos

O que se sabe até agora:

O incêndio que deflagrou na quarta-feira em Oliveira de Azeméis e alastrou aos concelhos de Estarreja e Albergaria-a-Velha, no distrito de Aveiro, está dominado, disse fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Aveiro.

“O incêndio foi dado como dominado às 20:00. Neste momento, não há vento. Passou a parte pior”, disse à Lusa o comandante do CDOS de Aveiro, José Carlos Pinto.

O mesmo responsável adiantou ainda que o dispositivo mantém-se no terreno por causa de possíveis reacendimentos.

O incêndio deflagrou na quarta-feira à tarde, pelas 12:54, no lugar da Senhora da Ribeira, na freguesia de Pinheiro da Bemposta, em Oliveira de Azeméis, e a instabilidade do vento fez com que as chamas chegassem a Albergaria-a-Velha e Estarreja.

As autoestradas A1, A29, A25 e o Itinerário Complementar 2 (IC2) chegaram a estar cortadas devido ao incêndio. Pouco depois das 00:00, a circulação foi reposta na A25 e o no IC2 e cerca das 05:30 foi reaberta a A29 e a A1.

Viana do Castelo (atualizado às 23h35)

  • Número de ocorrências: 3
  • Onde: Lindoso (em curso), Vilar de Mouros (em resolução), Cercal (em conclusão)
  • 164 operacionais
  • 52 viaturas
  • 0 meios aéreos

O que se sabe até agora: 

A população da aldeia de Froufe, no concelho de Ponte da Barca, está a ser retirada devido ao incêndio florestal que lavra há vários dias no Lindoso, adiantou à Lusa o presidente da autarquia, que reclama “mais meios”.

“Neste momento estamos a retirar a população da aldeia de Froufe e estamos a avaliar a possibilidade da mesma situação para a aldeia de Lourido”, explicou Augusto Marinho, presidente da Câmara de Ponte da Barca, no distrito de Viana do Castelo.

A outra aldeia em risco, Ermida, está “mais isolada [do fogo] para já”, acrescentou.

Augusto Marinho alertou para “condições extremamente difíceis” devido ao vento forte que piorou a situação desde o meio da tarde.

O autarca salientou ainda que os meios de combate necessitam de reforço perante uma situação “extremamente difícil”.

Ao início da tarde e pelas 20:15, à Lusa, Augusto Marinho deu conta da existência localidades em risco.

“Os bombeiros estão muito apreensivos, é muito tempo a combater e a haver reacendimentos”, alertou, na altura, o autarca, que já tinha solicitado ao primeiro-ministro “o envio de meios aéreos pesados de combate” para juntar aos dois ligeiros que têm estado a operar na zona.

Já sem poder contar com os dois meios aéreos devido à falta de luz solar, o combate prossegue a pé, estimando o autarca minhoto que “atendendo ao vento que está, avizinha-se uma noite difícil”.

Guarda (23h35)

  • Número de ocorrências: 3
  • Onde: Sameice e Santa Eulália e São Paio (em resolução); Freixo (em conclusão)
  • 212 operacionais
  • 66 viaturas
  • 0 meios aéreos

O que se sabe até agora: 

O incêndio que deflagrou na quarta-feira em Seia e que esta madrugada entrou em resolução, reacendeu pelas 13:00 e está a ser combatido por 193 operacionais, mas está a “acalmar”, informou o presidente da autarquia.

“[O fogo] está a acalmar. Esteve complicado durante toda a tarde, [devido a] picos de calor, mudanças de vento e [rajadas de] vento acima de 50 quilómetros por hora”, disse à agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Seia, Luciano Ribeiro.

O autarca, contactado pelas 19:20, acrescentou que durante a tarde as aldeias de Pereiro e de Vila Verde ainda estiveram em risco, mas as chamas não atingiram habitações.

Luciano Ribeiro referiu que o combate está a evoluir favoravelmente e “o vento vai mudar para a área que já ardeu”, o que facilitará as operações.

Segundo o autarca, estão no terreno três máquinas de rasto para trabalharem durante a noite na consolidação para que sejam evitados novos reacendimentos.

“A ideia é conseguir circunscrever a zona toda de incêndio até às 06:00”, rematou.

Baião (no Porto, 23h35)

  • Onde: Teixeira e Teixeiró (em curso)
  • 113 operacionais
  • 37 viaturas
  • 0 meios aéreos

O presidente da Câmara de Baião, no distrito do Porto, disse à Lusa que os dois incêndios que lavravam, ao final da tarde, em Ancede, se juntaram, mas os bombeiros evitaram que as chamas atingissem habitações.

Segundo o autarca, é aguardado no local um reforço de 50 operacionais e 14 viaturas, juntando-se aos 42 bombeiros, 11 viaturas e uma máquina de rasto, atualmente no terreno.

Aquele incêndio, disse, evoluiu em duas frentes, em zona e mato, nos lugares de Cimo de Vila e Sequeiros. Nos últimos dias, disse, têm-se verificado várias ignições em Ancede.

Quanto ao grande incêndio que lavra desde a madrugada no Marão, nos concelhos de Baião, onde começou, e no município vizinho de Amarante, Paulo Pereira referiu que se mantêm as três frentes, mas as maiores dificuldades, às 21:15, encontravam-se no lado de Baião, em Mafómedes, devido aos declives do relevo.

Ao final da tarde, por prevenção, naquela zona, oito idosos tiveram de ser retirados das suas casas, no lugar de Sacões, freguesia de Teixeira, mas já puderam regressar às suas habitações.

A frente de Amarante, acrescentou, está mais controlada, contando com um elevado efetivo no combate.

Setúbal (atualizado às 23h35)

  • Número de ocorrências: 5
  • Onde: Setúbal (em curso); Palmela (em resolução); Alto do Seixalinho, Santo André e Verderena, Laranjeiro e Feijó e Charneca de Caparica e Sobreda (em conclusão)
  • 226 operacionais
  • 71 viaturas
  • 0 meios aéreos

O que se sabe até agora:

O dia amanheceu com uma situação mais calma, com apenas alguns focos de incêndio, mas a ceder ao combate. Mais tarde, pelas 09h30, o incêndio em Palmela foi dado como dominado. No entanto, quase 300 operacionais mantêm-se no terreno para acautelar reativações. Este fogo fez 10 feridos, cinco dos quais bombeiros e cinco civis, 1 em estado grave.

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