Com base neste mandato, a presidência do Conselho da União Europeia irá iniciar as negociações com o Parlamento Europeu (PE).

“Através deste sistema, a UE poderá apoiar os Estados-membros, através do cofinanciamento de ‘leasing’ ou de acordos de aluguer, assim como através da compra de meios em falta”, elucida a nota.

Na sequência dos incêndios florestais de 2017 no sul da Europa, e em particular em Portugal, onde morreram mais de 100 pessoas, a Comissão Europeia apresentou propostas para reforçar o mecanismo de proteção civil, de modo a melhorar a sua capacidade de resposta a catástrofes naturais como os fogos.

“No mês de novembro, o comissário [Christos] Stylianides apresentou essa proposta, que consiste em três pilares: reforçar a capacidade dos Estados-Membros, adquirir meios europeus, e aprofundar o trabalho de preparação e antecipação da época de fogos”, recordou na terça-feira o porta-voz da Comissão Europeia para Ajuda Humanitária e Proteção Civil, Carlos Martin Ruiz de Gordejuela.

Já por duas vezes a Suécia pediu assistência a Bruxelas para fazer face às dezenas de incêndios florestais que continuam ativos no país, onde só nos últimos dias arderam mais de 20.000 hectares, com a Letónia a ativar também aquele mecanismo, recebendo ajuda através do sistema de emergência da UE de navegação por satélite “Copernicus.

A Grécia, onde os incêndios causaram, pelo menos, 79 mortos, foi, na segunda-feira à noite, o último país a ativar o Mecanismo Europeu de Proteção Civil.

Os fogos que lavraram na região de Atenas causaram quase duas centenas de feridos, alguns em estado crítico.

Mais de 1.500 casas foram afetadas e mais de 300 viaturas foram completamente destruídas pelas chamas, sobretudo em Mati, um dos bairros periféricos a norte de Rafina, onde muitos habitantes da capital têm segunda casa e onde passam férias de verão.