Em comunicado hoje divulgado, o executivo comunitário assinala que “o Mecanismo Europeu de Proteção Civil continua a canalizar apoio para ajudar a combater os graves incêndios florestais em Portugal, França e Albânia”, notando que, “na sequência de pedidos de assistência, a UE ajudou a mobilizar dois aviões de combate a incêndios de Itália para Portugal, que operam no país desde 13 de julho”.
A Comissão lembra que esta ajuda “junta-se àquela já enviada por Espanha para Portugal no fim de semana passado”, referindo-se a dois aviões pesados anfíbios espanhóis que estavam no país para apoiar o combate aos incêndios, no âmbito do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, mas que já deixaram Portugal no início da semana devido aos fogos que também se registam em Espanha.
Bruxelas acrescenta que o Centro de Coordenação de Resposta de Emergência também mobilizou dois aviões de combate a incêndios da frota grega da UE em auxílio da França, na sequência dos incêndios na região sudoeste do país, e que chegarão hoje ao país, tendo dois outros aviões da Grécia sido destacados para a Albânia, na quinta-feira e hoje.
"Apesar de uma situação muito difícil em toda a Europa, agravada pelas temperaturas extremas, os Estados-membros estão a demonstrar uma forte solidariedade. O nosso Mecanismo de Proteção Civil mobilizou aviões para Portugal, Albânia e França afetados por incêndios devastadores. Agradeço à Itália e à Grécia pelo seu pronto apoio”, comentou o comissário europeu responsável pela Gestão de Crises, Janez Lenarcic.
“Os nossos pensamentos estão com todos os afetados e com aqueles na linha da frente que estão a arriscar a vida para combater os incêndios", completou.
Os dois aviões pesados anfíbios Canadair de Itália que chegaram na quarta-feira a Portugal participaram desde logo no combate ao incêndio em Palmela.
Portugal Continental está em situação de contingência até domingo devido às previsões meteorológicas, com temperaturas muito elevadas em algumas partes do país, e ao risco de incêndio.
A situação de contingência corresponde ao segundo nível de resposta previsto na lei da Proteção Civil e é declarada quando, face à ocorrência ou iminência de acidente grave ou catástrofe, é reconhecida a necessidade de adotar medidas preventivas e ou especiais de reação não mobilizáveis no âmbito municipal.
Cinco distritos de Portugal continental mantêm-se sob aviso vermelho, o mais grave, devido ao tempo quente, com mais de uma centena de concelhos em perigo máximo de incêndio rural, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.
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