“Quero dizer que esses mortos são contabilizados e a Proteção Civil Nacional deve fazer uma coisa: deve ligar para o Instituto de Medicina Legal, porque estes corpos já foram autopsiados. E se foram autopsiados é porque morreram mesmo”, declarou José Carlos Alexandrino aos jornalistas.
O autarca, eleito pelo PS na condição de independente, disse que o total de mortos no concelho, devido aos fogos de domingo, subiu na quinta-feira para 12, o que difere do balanço da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), que continua a contabilizar até agora 43 vítimas mortais em várias zonas do país, das quais 10 em Oliveira do Hospital (distrito de Coimbra).
Contactada pela Lusa após estas declarações, a adjunta do comando nacional da Autoridade Nacional de Proteção Civil Patrícia Gaspar referiu, cerca das 12:10, que o balanço de 43 mortos feito ao final da tarde de quinta-feira se mantém.
Entretanto, afirmou, “o INEM [Instituto Nacional de Emergência Médica] diz que nenhum dos feridos que estão internados nos hospitais morreu” até esta hora.
“Não tenho prazer nenhum em acrescentar mortes ao meu concelho, pelo contrário. Eu gostaria era que não tivesse morrido ninguém neste incêndio”, disse o autarca, no âmbito de uma visita do ex-Presidente de Timor-Leste Xanana Gusmão ao concelho, referindo que a maior riqueza do povo são as suas pessoas.
“Que tivéssemos perdidos estas casas, que tivéssemos perdido os bens, mas perder pessoas é que é o mais dramático”, lamentou.
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