Intitulada “Vouzela solidária”, a conta (com o IBAN: PT50 0045 3190 4029 3068 7781 9) “será única e exclusivamente canalizada para este fim e gerida apenas pelo município”, garante.

O presidente da Câmara de Vouzela, Rui Ladeira, disse na terça-feira à agência Lusa que “80% a 90% do concelho foi arrasado” pelas chamas, que também deixaram “pelo menos 20 famílias desalojadas” e destruíram “centenas de postos de trabalho”.

Segundo Rui Ladeira, “o concelho todo foi completamente devastado, todas as freguesias foram atingidas”.

“Estamos preocupados com o realojamento das pessoas que perderam a sua primeira habitação, os prejuízos que tiveram e as centenas de postos de trabalho destruídos, porque arderam pequenas unidades de serralharias, carpintarias, aviários e até uma empresa de obras públicas”, disse na altura.

As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano, segundo as autoridades, provocaram 43 mortos e cerca de 70 feridos, mais de uma dezena dos quais graves.

Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas, sobretudo nas regiões Norte e Centro.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, em junho, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 vítimas mortais e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.