Escusando-se a prestar mais informações, a mesma fonte avançou que a retirada de pessoas se cingia "apenas a uma parte" da estrada de acesso a Fóia, situada a 900 metros de altitude e uma das principais atrações turísticas do concelho de Monchique, no distrito de Faro.

Ao longo da estrada que liga o centro da vila à Fóia, também designada como o "topo" do Algarve, existem vários cafés, restaurantes e lojas de artesanato, assim como percursos pedestres, nas zonas de serra circundantes.

As autoridades estão ainda a fazer uma avaliação de reconhecimento no terreno sobre o edificado ardido no incêndio da serra de Monchique, não havendo ainda uma quantificação precisa de casas afetadas, informou a Comissão Distrital de Proteção Civil de Faro.

De acordo com o presidente daquela estrutura, Jorge Botelho, há casas de primeira ou segunda habitação que foram, pelo menos, ‘lambidas' pelo fogo, mas muitas delas terão condições de habitabilidade.

O fogo que pelo quarto dia lavra na serra de Monchique, que já se estendeu aos concelhos de Silves (também no distrito de Faro, no Algarve) e Odemira (distrito de Beja, Alentejo), obrigou à evacuação de várias localidades.

O fogo rural já consumiu entre 15.000 e 20.000 hectares e de acordo com informações prestadas pelas autoridades ao início da tarde de hoje, o incêndio foi considerado dominado em 95% do seu perímetro.

O comandante operacional distrital, Vítor Vaz Pinto, afirmou ao início da tarde que os 5% ainda ativos "estão em áreas inacessíveis a meios terrestres", mas não especificou a zona geográfica por não estar na área de operações.

Há registo de 25 feridos, um dos quais em estado grave, uma idosa transportada para a Unidade de Queimados do Hospital de São José, em Lisboa, cujo prognóstico é "favorável".