De acordo com a informação disponibilizada pelas 17:00 na aplicação para telemóvel do Serviço Regional de Proteção Civil da Madeira, os meios destacados para este incêndio, que esteve ativo durante três dias, foram “desmobilizados do teatro das operações”.
No local estavam elementos de três corporações de bombeiros da região, nomeadamente dos Voluntários de Câmara de Lobos, Machico e Voluntários Madeirenses, refere.
O SRPCB adianta que permanecem na Ponta do Pargo 13 operacionais, apoiados por sete viaturas da corporação dos Voluntários da Calheta, para “ações de rescaldo e vigilância”.
Este fogo começou no sítio da Lombada Velha, às 05:16 de segunda-feira, e, desde então, alastrou a várias localidades da freguesia da Ponta do Pargo, em zonas de mato e floresta, aproximando-se, por vezes com perigo, de algumas residências, devido ao povoamento disperso que caracteriza a região.
O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, deslocou-se na terça feira ao local para inteirar-se da situação, defendendo a importância de ser “equacionada” a permanência de meios aéreos de combate a incêndios durante todo o ano na região.
O helicóptero afeto a este fim está na Madeira apenas durante os quatro meses de verão, tendo operado em 2018 e 2019, sendo o custo na ordem de 1,2 milhões de euros totalmente suportado pelo Orçamento da Região Autónoma, uma situação que deverá manter-se também em 2020.
O governante salientou que as condições atmosféricas registadas nos últimos dias na Madeira, que classificou de “muito complicadas, com uma humidade abaixo dos 30%" e as temperaturas a atingirem 28 graus e o vento entre 40 a 50 km/hora, dificultaram o combate ao incêndio.
Hoje, o secretário da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Humberto Vasconcelos, esteve na Ponta do Pargo, onde contactou com cerca de três dezenas de criadores de gado que foram afetados, visto que o fogo consumiu uma vasta área de pasto.
O governante informou que o executivo madeirense vai “adquirir mais quantidades [de feno] para que, durante algum tempo”, os animais possam ter alimento, realçando que, até ao momento, não há registo de perda de qualquer animal.
Num outro incêndio, que surgiu nas Achadas da Cuz, também já extinto, permanecem no terreno 29 bombeiros e nove meios terrestres do corpo de bombeiros de S. Vicente e Porto Moniz, no norte da ilha.
Neste teatro de operações, os bombeiros contam com o apoio do corpo da Polícia Florestal e de elementos da Guarda Nacional Republicana para as “ações de rescaldo e vigilância”.
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