O combate decorre em vários pontos da freguesia, no concelho da Calheta, e tem sido dificultado pelo vento, que se manteve constante, por vezes com rajadas fortes, ao longo do dia, embora tenha abrandado a partir das 17:00.

O Serviço de Proteção Civil da Madeira emitiu, entretanto, um ponto da situação, onde sublinha que as operações envolvem agora 16 meios terrestres das corporações de bombeiros da Calheta, Voluntários Madeirenses, Sapadores do Funchal, Câmara de Lobos, Porto Moniz/São Vicente e Machico.

Os vários focos de incêndio que deflagraram ao longo do dia, praticamente ao longo de toda a freguesia da Ponta do Pargo, registaram momentos de grande intensidade, conforme constatou a Lusa no local, tendo atingido também algumas áreas de mato já no centro da vila.

Um desses focos ocorreu atrás da sede da Associação Desportiva e Cultural da Ponta do Pargo, tendo as chamas envolvido as paredes, mas os bombeiros chegaram a tempo de evitar a sua destruição.

À TVI24, o comandante dos bombeiros voluntários da Calheta, Jacinto Serrão, referiu que a zona onde lavram as chamas não ardia desde 2015. Não existem meios aéreos a combater o incêndio, uma vez que estes só operam no verão.

O Diário de Notícias da Madeira divulgou no Twitter uma imagem, captada pelos satélites da NASA, que mostra os locais com incêndios activos. "A maior mancha está no concelho da Calheta, na Ponta do Pargo, surgindo focos na Ribeira Brava e Câmara de Lobos", pode ler-se. O jornal diz ainda que a PJ está já no terreno a investigar a origem do incêndio. Num vídeo publicado é possível perceber-se que as chamas estão muito perto de habitações.

O incêndio começou no sítio da Lombada Velha, às 05:16 de segunda-feira, e desde então alastrou a várias localidades da freguesia, em zonas de mato e floresta, aproximando-se, por vezes com perigo, de algumas residências, devido ao povoamento disperso que caracteriza a região.

A freguesia encontra-se coberta por uma imensa nuvem de fumo e a população mantém-se alerta e apreensiva, porém sem sinais de pânico, e nalguns locais colaborou com os bombeiros no combate às chamas.

A estrada que percorre a área encontra-se encerrada por prevenção.

O tempo quente e seco que se faz sentir na Madeira, com as temperaturas a ultrapassar os 25 graus, ocasionou já vários focos de incêndios rurais um pouco por toda a ilha.

[Notícia atualizada às 18:07]