Segundo fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Santarém, o incêndio que deflagrou na sexta-feira no Carvalhal, em Ourém, entrou em resolução pelas 23:50 de domingo.
Perto das 00:00 de hoje, o incêndio estava a ser combatido por 295 operacionais, apoiados por 90 veículos.
Este fogo tinha entrado em resolução no sábado, mas reacendeu-se no domingo ao início da tarde.
O outro fogo que lavrava também no domingo em Ourém, mas na freguesia de Seiça, ainda estava ativo pelas 00:00 de hoje, “embora com setores a ceder”.
Por essa hora, este incêndio estava a ser combatido por 274 operacionais, apoiados por 74 veículos.
Já o fogo que teve início em Abrigada, na freguesia de Olhalvo, pelas 15:20 de domingo, entrou em fase de resolução pelas 23:20, segundo fonte do CDOS de Lisboa.
Pelas 00:00 de hoje mantinham-se no local 361 operacionais, apoiados por 113 veículos.
De acordo com a mesma fonte, “não há vítimas a registar, nem habitações ou barracões atingidos” pelas chamas.
Também cerca das 00:00 de hoje, o incêndio que deflagrou no domingo na Samardã, Vila Real, era o que mobilizava mais meios em todo o território continental. Segundo a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), este incêndio mobilizava 454 elementos, apoiados por 131 veículos.
Àquela hora, mantinha três frentes ativas, que ardiam com “menor intensidade” e as aldeias que apresentaram mais preocupação estavam fora de perigo, segundo a Proteção Civil.
“Tendo em conta o empenhamento dos meios ao longo do dia, conjugando agora com a melhoria das condições meteorológicas, as três frentes estão a arder com menor intensidade. Temos também, felizmente, já a maioria das populações, que apresentaram alguma preocupação à organização do incêndio, fora de perigo” afirmou o comandante distrital de operações de socorro (CODIS) de Vila Real, Miguel Fonseca.
Num ponto de situação feito pelas 00:00, no posto de comando instalado perto da aldeia de Benagouro, o responsável disse que isso “permite focar no combate direto a estas três frentes que estão ativas”.
Os fogos de Ourém, Alenquer e Vila Real eram, no domingo, os que causavam mais preocupação à Proteção Civil.
De acordo com o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes, num ‘briefing’ com jornalistas pelas 20:00 de domingo, em Oeiras, “espera-se que a noite possa trazer uma janela de oportunidade”, visto que “no litoral espera-se que a humidade relativa do ar suba, chegando a atingir os 90%, e o vento diminua”.
Em Vila Real, também se prevê um aumento da humidade relativa do ar, “até aos 70%” e o vento “vai dar tréguas”.
No entanto, “será uma noite longa de trabalho nestas três ocorrências”, avisou.
Pelas 00:30 de hoje, a página oficial da ANEPC registava nove incêndios em curso em Portugal Continental, os quais a essa hora estavam a ser combatidos por 1.053 operacionais, apoiados por 311 veículos.
À mesma hora, havia três fogos em fase de resolução, que tinham envolvidos no seu combate 760 operacionais, apoiados por 234 veículos.
Durante o ‘briefing’, o comandante reforçou várias vezes o apelo ao cumprimento, por parte da população, “de comportamentos cívicos que é necessário adequar face a condições adversas”.
Além disso, André Fernandes apelou ainda “às populações que possam a vir afetadas por algum incêndio” para que “mantenham a calma e libertem as vias de circulação rodoviária, para passagem dos meios de socorro”.
Face às previsões meteorológicas para os próximos dias, que apontam para um agravamento do risco de incêndio rural, o Governo determinou no sábado a declaração da situação de alerta no continente, que vigora entre as 00:00 de sábado e as 23:59 de terça-feira.
De acordo com o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, a situação de alerta “será reavaliada na segunda-feira de manhã em reunião”.
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