O comandante do Grupo Especial de Combate Contra Incêndios (GIPS) da GNR, Cura Marques, afirma num 'email' interno a que o jornal Público teve acesso que “não tem meios necessários” básicos, como luvas, fatos, telemóveis, carros ou computadores, para trabalhar no combate aos incêndios.

Contactado pela agência Lusa, fonte do Ministério da Administração Interna (MAI) sublinha que “tudo está a ser feito para o garantir [a disponibilidade do equipamento]”.

A mesma fonte adianta que as “viaturas atualmente existentes permitem o início da missão”, adiantando ainda que o “dispositivo será progressivamente reforçado, com entregas periódicas pelos fornecedores de novas viaturas, destinadas ao ataque inicial e ao ataque ampliado e contratadas a 09 de abril”.

O MAI lembra que o GIPS duplica, este ano, a sua capacidade em meios humanos e alarga a sua intervenção a todo o território nacional.

No 'email' interno a que o jornal Público teve acesso, o major Cura Marques, admite que, a uma semana de terminarem a formação, os GIPS "ainda não têm equipamento de proteção individual (EPI) não têm luvas, carros, rádios, telemóveis, computadores ou impressoras, nem sequer condições de descanso em todos os centros de meios aéreos onde vão ficar sediados".

De acordo com o Público, o major Cura Marques terá escrito o ‘email’ para informar os formandos, que terminam na próxima semana a formação e serão colocados em 33 centros de meios aéreos espalhados pelo país, de forma a “evitar algumas confusões”.

“Para complicar mais um bocado a nossa vida falta ainda dizer-vos o ponto de situação sobre material e viaturas. Rádios, telemóveis, computadores, impressora… Não existem”, escreve o major, acrescentando que “existem alguns [rádios] usados, que talvez possam utilizar”.