“Vamos honrar um compromisso de investimento, com uma dimensão que nunca foi vista no passado, de aquisição e distribuição de um número muito grande de máquinas que são fundamentais, tanto em alguns dos casos para o combate aos incêndios como para a gestão de combustível e, por essa forma, fazer prevenção estrutural contra incêndios”, afirmou o ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Matos Fernandes, em declarações à agência Lusa.

Das 63 máquinas pesadas que integram a bolsa de maquinaria, 30 são novas aquisições, “entre tratores com pneus de borracha e tratores de rasto, que vão entrar em funcionamento”, indicou o governante, revelando que os equipamentos novos resultam de “um investimento de 3,2 milhões de euros”.

No total, o investimento em maquinaria, realizado desde 2019, para aumento da capacidade de intervenção nas ações de gestão de fogo rural, que inclui as 63 máquinas pesadas de diversas tipologias e três camiões de transporte, foi de “quase 12 milhões de euros”, financiado pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR), Fundo Florestal Permanente (FFP) e Programa de Estabilização Económica e Social (PEES).

As máquinas vão ser disponibilizadas às organizações de produtores florestais e às CIM, através de “contratos comodato ao longo de um ano”, indicou João Matos Fernandes, adiantando que a bolsa é para todo o território nacional continental, mas deverá ter maior procura nas regiões Norte e Algarve, “onde o risco de incêndio é maior”.

Sobre o custo do uso das máquinas, o ministro assegurou que as organizações “não vão pagar nada”, pelo que têm apenas a responsabilidade pela manutenção e pelo combustível para poderem circular.

A bolsa de maquinaria é apresentada hoje numa cerimónia na Lousã, distrito de Coimbra, com a presença do primeiro-ministro, António Costa, do ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Matos Fernandes, e do secretário de Estado da Conservação da Natureza, Florestas e Ordenamento do Território, João Paulo Catarino, e em que serão ainda divulgados os trabalhos de prevenção estrutural contra incêndios rurais e gestão de combustível desenvolvidos pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

Além da bolsa de maquinaria, o Governo tem “mais 100 equipamentos mais ligeiros, como sejam destroçadores de martelos e de correntes, grades de discos e outros, que vão poder ser partilhados a partir de uma base de dados consoante as necessidades”, dirigidos a pessoas coletivas, desde que se comprometam a fazer boa utilização das máquinas.

“Com isto, o que está previsto no plano para a gestão dos fogos rurais, que pressupõe que cada vez mais ao longo do tempo o investimento seja na prevenção e não na supressão, não no combate, se comece, ou melhor, se continue a concretizar. Quase que não retiro o comece, embora já tenha começado há três anos, mas de facto este é um impulso tão grande que é quase um novo começo”, declarou João Matos Fernandes.

Sobre a maquinaria pesada, o ministro disse que “no ano passado já foi muito visível o papel que as máquinas, sobretudo as máquinas de rasto, tiveram no combate aos incêndios”, nomeadamente a apoiar nas faixas de interrupção de combustível ou junto às estradas.

Depois de a Lousã ter sido palco do 1.º Conselho de Ministros dedicado à reforma do setor florestal, da atual governação do PS, em outubro de 2016, e que foi considerado “um dia histórico para a floresta portuguesa”, e da apresentação dos ‘drones’ para a vigilância florestal em agosto de 2020, o concelho do distrito de Coimbra testemunha a entrega de maquinaria pesada para gestão de fogo rural.

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