"Neste momento conturbado em que a sociedade está de luto é preciso, é necessário, é fundamental que os Bombeiros Portugueses sintam o conforto da população que neles confia", diz a LBP, em comunicado, a propósito do "flagelo dos incêndios florestais que colocaram o país numa situação de instabilidade e sofrimento".

Na mensagem, a LBP sublinha que os bombeiros portugueses mantêm, todo o seu "empenho, saber dedicação e coragem" na defesa das populações e dos seus bens, num trabalho diário em todo o país.

"A LBP acredita interpretar a vontade coletiva de todos quantos sempre souberam, mesmo nos momentos mais difíceis, defender com sentido de união, com valentia, com coragem e humanismo, as populações, suas vidas e seus haveres", adianta a mesma nota.

A LBP lembra que, em tempo útil, alertou para a gravidade da situação e para a necessidade imperiosa de se acautelarem todas as medidas preventivas que poderiam minorar os efeitos provocados pelas condições adversas.

"Não fomos ouvidos", lamentou ainda a LBP, presidida pelo comandante Jaime Marta Soares.

As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 41 mortos e 71 feridos, 55 dos quais ligeiros e 16 graves, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas. Uma pessoa está ainda desaparecida.

O Governo decretou três dias de luto nacional, entre hoje e quinta-feira.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, em junho, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou 64 mortos e mais de 250 feridos.