Em comunicado para atualizar os dados sobre os prejuízos provocados nas residências pelo fogo, a Câmara sugere aos proprietários das casas de primeira habitação “cujas obras de reabilitação sejam de valor inferior a 25 mil euros” para contactarem o gabinete de apoio à presidência deste município do distrito de Coimbra.

“O número de habitações totalmente destruídas pelos incêndios florestais que lavraram o concelho de Arganil, nos dia 15 e 16 de outubro, já ultrapassa as 145, sendo que mais de 85 são de primeira habitação”, sublinha.

Desde 31 de outubro, “estão no terreno” técnicos responsáveis pelo levantamento arquitetónico das casas de primeira e segunda habitação, parcial ou totalmente destruídas pelas chamas.

“A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, através de equipas técnicas contratadas para o efeito, pretende concluir muito rapidamente este processo de levantamento rigoroso dos edifícios danificados”, segundo a nota.

Tal processo, em que colaboram técnicos da Câmara Municipal, presidida pelo social-democrata Luís Paulo Costa, e das juntas de freguesia, “é um elemento essencial para cumprir o objetivo de reconstruir o concelho de Arganil”, acrescenta.

As centenas de incêndios que deflagraram no dia 15 de outubro, o pior dia de fogos do ano, segundo as autoridades, provocaram 45 mortos e cerca de 70 feridos, perto de uma dezena dos quais graves.

Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas, sobretudo nas regiões Norte e Centro.

Esta foi a segunda situação mais grave de incêndios com mortos em Portugal, depois de Pedrógão Grande, em junho, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 vítimas mortais e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.