"Não existe nenhuma lei da rolha. Há normas que devem ser seguidas quanto à comunicação nesta matéria", afirmou António Costa, em declarações aos jornalistas na Sertã, sublinhando que "o que não tem faltado aos portugueses é informação e acessibilidade à parte dos senhores jornalistas de toda a informação que é necessária".
No entanto, defendeu, "a informação deve ser devidamente organizada".
Essa organização e estruturação da informação "é uma mais valia para todos", sublinhou o primeiro-ministro, quando questionado pelos jornalistas sobre as novas regras de comunicação do serviço sobre incêndios, que o PSD e o CDS-PP já entenderam ser uma tentativa de impor uma "lei da rolha" aos serviços de proteção civil.
As novas regras são importantes "para que os comandantes operacionais se concentram no que têm de se concentrar, que é comandar operacionalmente as ações de combate aos incêndios florestais", acrescentou .
António Costa realçou ainda que "há muitos anos que se praticam normas bem pensadas relativamente à organização dos teatros operacionais para que a informação seja aberta e tenha qualidade".
Dirigindo-se a um jornalista que lhe perguntou se teria de levar um saca-rolhas quando estivesse a cobrir um incêndio, o primeiro-ministro reforçou que o "saca-rolhas" só será útil para "abrir uma garrafa e beber um copo".
A ANPC anunciou na terça-feira que vai fazer a partir de hoje dois ‘briefings’ diários, incluindo aos fins de semana, sobre os incêndios no país.
A Autoridade justificou a medida com a necessidade de divulgação de informação completa e atualizada em matéria de incêndios rurais e com a necessidade de libertar "os comandantes das operações de socorro" dessa função.
Hoje, na Sertã, decorreu a segunda reunião com os sete municípios que vão estar integrados no projeto-piloto prometido pelo Governo.
Estiveram representados no encontro, os municípios de Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pera, Pampilhosa da Serra, Góis, Penela e Sertã.
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