"Isso significará, em breve, a realização de exercícios coordenados pela Autoridade Nacional de Proteção Civil onde possam, cada uma destas partes, ser o mais eficientes possível antes de, e espero que nunca venha a haver, a necessidade de intervirem", acrescentou.

O ministro falava na Covilhã, distrito de Castelo Branco, à margem do III Seminário IDN Jovem, uma iniciativa do Instituto de Defesa Nacional, que decorre hoje e sexta-feira na Universidade da Beira Interior.

Questionado sobre a integração dos diferentes ramos das Forças Armadas no combate aos fogos e sobre o respetivo modelo de gestão e comando que será seguido, Azeredo Lopes sublinhou estratégia passa pela cooperação, cabendo às entidades tuteladas pela Administração interna o papel principal.

"No sistema de apoio à decisão, no planeamento as Forças Armadas têm um papel a desempenhar e isso significa que devem cooperar tão intensamente quanto possível com as entidades que, sob a esfera do Ministério da Administração Interna, têm um papel principal e não instrumental - como é o das Forças Armadas - no conceito amplo de combate aos incêndios florestais", especificou.

O governante frisou ainda que o Regimento do Apoio Militar de Emergência é uma das apostas deste Governo, tendo aliás sido este Governo que o reforçou e lhe deu meios financeiros para começar a atuar, mesmo antes dos fogos florestais do último ano.

Na quarta-feira, o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Silva Ribeiro, já tinha defendido que o papel dos militares na política de combate aos incêndios deve ser "de apoio" às forças que "têm essas competências".

"O papel das Forças Armadas é o de potenciar o papel das forças que têm a competência direta", declarou Silva Ribeiro, que falava aos jornalistas à margem de um almoço/conferência organizado pela Revista Segurança e Defesa e no qual foi o orador convidado.