O anúncio foi feito pela segunda comandante operacional nacional, Patrícia Gaspar, em declarações aos jornalistas na sede da Autoridade Nacional da Proteção Civil, em Carnaxide, Oeiras.

Os seis distritos vão passar, a partir das 00:00, para o alerta amarelo da Proteção Civil, o segundo mais grava numa escala de quatro.

O estado de alerta especial do Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro, que define a "prontidão e mobilização das estruturas, forças e unidades de proteção e socorro em conformidade com os riscos associados", já vigorava nos distritos do interior do país, que passam, a partir das 00:00 de quarta-feira, para alerta laranja, o terceiro mais grave.

A Proteção Civil justifica os procedimentos com o agravamento do risco de incêndios florestais devido à previsão do aumento da temperatura e da redução da humidade no ar.

Na quarta-feira, devido ao risco máximo de incêndio apontado para o distrito de Faro, será acionado um meio aéreo de reconhecimento do terreno para o Algarve.

Patrícia Gaspar avisou que "a situação de severidade" se estenderá até à próxima terça-feira, assegurando que "todo o dispositivo está operacional".

A Marinha e o Exército vão reforçar, com mais 19 patrulhas e 76 militares, o apoio à Proteção Civil entre quarta-feira e domingo devido à onda de calor, podendo as ações serem prolongadas caso a meteorologia o justifique.

Este ano, o dispositivo de combate a fogos florestais engloba 56 meios aéreos (incluindo um na Madeira), cerca de 11 mil operacionais e mais de três mil meios terrestres (nomeadamente viaturas), enumerou Patrícia Gaspar.

Os dois aviões que estiveram nos incêndios da Suécia chegam na quinta-feira a Portugal, adiantou.

A segunda comandante operacional nacional da Proteção Civil lembrou que a limpeza das matas e florestas "é um esforço" que tem de ser "continuado" e apelou à população para "ouvir e acatar os conselhos" que forem dados pelas autoridades.