A missão Chandrayaan-3 alunou em 23 de agosto, fazendo da Índia o primeiro país a alunar na região do polo sul, que terá grandes quantidades de água gelada e onde os Estados Unidos querem colocar em 2025 a primeira astronauta mulher e o primeiro astronauta negro.

Estava previsto que a missão indiana na superfície da Lua durasse à volta de 14 dias, período de carga útil das baterias da sonda e do robô com energia solar.

O “apagar” da sonda estava previsto para as 15:30 de hoje (hora em Lisboa), de acordo com uma mensagem da Organização Indiana de Investigação Espacial na rede social X (ex-Twitter).

Caso as baterias sobrevivam às temperaturas negativas extremas e se mantenham com cargas mínimas, sonda e robô poderão eventualmente “acordar” a 22 de setembro, altura em que começa um novo dia lunar no polo sul e regressa a luz solar à região permitindo recarregar as baterias.

Durante a missão, a sonda analisou a atividade sísmica da Lua, estudou o fluxo de calor e a densidade do plasma próximo da superfície e ajudou a medir com maior precisão a distância entre a Terra e a Lua.

No domingo, o engenho descolou ligeiramente do solo lunar e voltou a pousar na superfície, um teste para a Índia poder no futuro fazer regressar à Terra sondas que tenha colocado na Lua.

Durante os dias em que esteve ativo, o robô captou imagens e realizou várias experiências científicas que permitiram detetar vários componentes químicos na superfície lunar, como enxofre.

O final da missão Chandrayaan-3 (que significa nave lunar em sânscrito) ocorre dois dias depois de a Índia ter lançado o seu primeiro satélite para estudar o Sol.

Espera-se que o satélite Aditya (que significa Sol em hindi) chegue ao seu destino final, o chamado ponto Lagrange 1, a 1,5 milhões de quilómetros da Terra, em janeiro do próximo ano.