Segundo o Jornal de Notícias, as linhas de descontaminação de viaturas e fardas foram encerradas, após a Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPS) da GNR ter deixado de prestar o serviço no domingo, pelo que o INEM teve de recorrer a um privado.

Nos últimos dois meses e meio, a UEPS, juntamente com o Exército, aplicou nos veículos e fardas dos operacionais, após cada transporte de suspeitos com covid-19, o descontaminante "zoono". Depois desta higienização a equipa estava pronta para outro serviço.

Segundo Rui Lázaro, do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH), referiu ao JN, "a GNR informou atempadamente o INEM para a necessidade de substituir a UEPS, porque tinha de estar disponível para os fogos a partir de 1 de junho". "A desinfeção feita pelos técnicos não é eficaz como a da UEPS. Corremos o risco de nos contaminarmos e aos cidadãos", disse. O caso já foi reportado ao Governo.

Ontem, os técnicos de Lisboa recusaram-se a sair em serviço e exigiram a reposição do nível de desinfeção. Para ativar dois de seis veículos, o INEM teve de recorrer a um privado.

O INEM explicou ao JN que pretende que a desinfeção "volte à sua rotina habitual", assegurando que os técnicos têm "todos os equipamentos e produtos necessários para cumprir aquela que é uma das suas funções: garantir a manutenção e prontidão das ambulâncias".