A garantia foi manifestada numa reunião entre o Infarmed e as várias associações do setor para analisar a disponibilidade de testes no mercado nacional, que permitiu confirmar a “sua existência em `stock´”, assim como a “disponibilidade para adquirirem quantidades superiores tanto de testes rápidos de antigénio (TRAg), como de autotestes, caso exista necessidade”, adiantou o regulador em comunicado.

Segundo o Infarmed, o reforço da testagem para controlo da pandemia “está na origem do aumento na procura” de autotestes e de TRAg, o que exige uma “rápida adaptação a esta nova realidade”.

“A resposta das associações foi positiva, tendo sido manifestada a disponibilidade para dar resposta a eventuais constrangimentos que possam existir no acesso aos vários tipos de testes disponíveis no mercado nacional”, assegurou o Infarmed.

Um total de 1.040 farmácias estão registadas para realizar testes gratuitos de uso profissional para despiste do coronavírus, assim como 454 laboratórios que também aderiram a este regime excecional e temporário de comparticipação.

O Governo voltou a comparticipar a realização de testes TRAg, uma medida que abrange toda a população e que se estende até 31 de dezembro, prazo que pode ser prorrogado.

O regime excecional e temporário tinha cessado em outubro, tendo em conta que Portugal estava próximo de atingir os 85% da população totalmente vacinada contra a covid-19, mas o ministério decidiu reativá-lo devido à atual situação epidemiológica, com o aumento de casos de covid-19 e dos internamentos.

No acesso a lares e nas visitas a utentes em estabelecimentos de saúde e em grandes eventos culturais ou desportivos e discotecas passou a ser exigida a apresentação de teste de deteção do vírus SARS-CoV-2 com resultado negativo, uma medida que se aplica mesmo a pessoas vacinadas contra a covid-19.

A covid-19 provocou mais de 5,35 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.796 pessoas e foram contabilizados 1.227.854 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 89 países de todos os continentes, incluindo Portugal.