Rui Raposo, da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, disse à agência Lusa que a paralisação dos inspetores das pescas ao trabalho extraordinário e em dia de descanso terminou às 24:00 de domingo, como estava previsto, sem que tivesse sido emitido novo pré-aviso de greve, porque "foram retomadas as negociações com o Governo".

De acordo com a mesma fonte, realizou-se na última quarta-feira uma reunião entre dirigentes da federação sindical, o secretário de Estado das Pescas e a secretária de Estado da Administração e Emprego Público.

Os representantes dos trabalhadores vão analisar o projeto de revisão de carreiras apresentado pelo Governo e voltar à mesa de negociações no dia 26.

Segundo Rui Raposo, a longa greve ao trabalho extraordinário limitou a atividade de inspeção das pescas, mas já deu resultado, pois foram retomadas as negociações.

Os inspetores das pescas querem ser reconhecidos como um órgão de polícia criminal, reivindicam a revisão e a revalorização da carreira e a compensação por participarem em missões da União Europeia em águas internacionais.

Os 17 inspetores (10 efetivos e 7 estagiários) desempenham funções de inspeção, verificação e controlo da pesca em águas nacionais e internacionais e reivindicam também o reforço dos efetivos.

Verificam, nomeadamente, a quantidade de pesca autorizada por navio e para a época, as artes utilizadas e a forma de acomodar o peixe.