O trabalho da equipa, liderada pela investigadora Inês Pais, foi publicado na revista científica PLOS Biology e hoje divulgado pelo Instituto em comunicado.
As bactérias fazem parte do organismo humano e contribuem para o bem-estar das pessoas, sendo que a comunidade mais diversa e significativa está no intestino.
Manipular essa comunidade pode contribuir para a solução de algumas doenças, diz o Instituto no comunicado, explicando que a investigação permite compreender melhor quais as bactérias e como colonizam o intestino, uma investigação que tem sido feita com ratos e moscas da fruta.
A equipa da Gulbenkian desvendou como é que a comunidade bacteriana coloniza as moscas da fruta, mantidas em laboratório ou selvagens, e quais os impactos que esta colonização poderá ter na natureza.
E descobriu que as moscas da fruta têm uma comunidade bacteriana bastante estável e que as bactérias associadas a moscas selvagens têm uma capacidade de colonização muito maior, podendo mesmo colonizar o intestino das moscas de laboratório.
Porque há muitas semelhanças biológicas entre a mosca da fruta e o Homem, dizem os investigadores que há muitas lições que se podem aprender com a mosca.
E também dizem que conhecendo essa comunidade, e manipulando-a, poderá ser possível controlar insetos ou a sua capacidade de transmitir doenças, como o vírus do dengue ou o parasita da malária.
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