"Como tínhamos prometido ao nosso querido povo não vamos poupar esforços para reforçar as capacidades do país no que diz respeito a mísseis balísticos", disse o general Amir Hatami, ministro da Defesa, à agência Tasmin, próxima dos conservadores.

"Vamos reforçar, todos os dias, o nosso poder balístico", acrescentou o membro do governo de Teerão.

Por outro lado, o guia supremo do Irão, o aiatola Ali Khamenei, disse que os problemas económicos que o Irão enfrenta ficam a dever-se à "má gestão interna" e que a situação não se deve apenas às pressões norte-americanas.

"Especialistas económicos e outros responsáveis pensam que a causa do problema não é externo, mas interno", afirmou Ali Khamenei num discurso -que segundo a conta que mantém na rede social Twitter - foi proferido em Teerão.

"Eu não estou a dizer que as sanções não tiveram impacto, mas a principal questão é a forma como as enfrentamos", disse.

O líder supremo do Irão referiu-se em particular à desvalorização da moeda iraniana que começou a perder valor, sobretudo, a partir do mês de abril.

"Se o nosso desempenho for melhor, mais prudente, preciso e eficaz, as sanções não terão efeito e sendo assim poderemos resistir", frisou.

Como é habitual, o discurso não foi transmitido em direto pela televisão, mas é possível que venha a ser retransmitido ao longo do dia.

O Irão é alvo de sanções norte-americanas desde a passada terça-feira e que enquadram-se na retirada dos Estados Unidos do acordo internacional de 2015 sobre a questão nuclear iraniana.

A economia iraniana já se encontrava afetada antes pela elevada taxa de desemprego e do aumento da inflação, uma situação que tem provocado greves e manifestações esporádicas em algumas cidades do país.

[Notícia atualizada às 12:08]